domingo, 3 de maio de 2009

Conduta de Risco

PESSOAL, no embalo do learnig circle de quinta-feira, posto aqui um artigo do Paulo Nassar com uma reflexão bem legal sobre o filme.
A todos os que não puderam comparecer.... sugiro que loquem Conduta de Risco, preparem a pipoca e pensem: O que vocês fariam no lugar de Michael Clayton? de Arthur? Karen?

Uma ótima semana a todos!

Abraços,

MBT Project


OS FAXINEIROS DA IMAGEM
*Paulo Nassar



Chamo a atenção, hoje, para o filme Conduta de Risco (EUA, 2007), recheado de dilemas éticos e profissionais. [....]
Ocorre que muitas vezes as empresas e instituições entram em conflitos com a sociedade quando de algum modo agem de forma incompetente, ilegal ou ilegítima em relação à economia, ao meio ambiente ou a comunidade. E isto acaba se traduzindo em movimentação social, manchete, literatura, filme, onde as organizações são apresentadas como grandes vilãs. E nem sempre a reação da sociedade ou de grupos contra as empresas é puro maniqueísmo, a luta do bem contra o mal.
O roteirista e diretor do filme Tony Gilroy, quando fazia as pesquisas para escrever o roteiro de um outro trabalho seu, o Advogado do Diabo, esbarrou no caso de uma montadora de carros que preferiu pagar os seguros produzidos pelas mortes de seus consumidores a fazer o recall dos componentes que ocasionavam os acidentes. A informação inspirou Conduta de Risco.
Para os que têm tempo de ler, recomendo o clássico da literatura administrativa "Imagens da Organização", de Gareth Morgan, que relata outros exemplos de má conduta corporativa.
No filme de Gilroy, um advogado Michael Clayton, protagonizado por George Clooney, em meio aos seus problemas pessoais e profissionais, que não são pequenos, tem como missão encontrar e tratar de seu amigo e colega de trabalho Arthur Edens (Tom Wilkinson), que enlouqueceu coordenando a defesa da empresa agriquímica U/North, em um processo no qual esta enfrenta uma comunidade de produtores rurais contaminada por seus produtos. [...]
Temos registrado em nossa memória grandes casos de crises corporativas: o mega recall dos brinquedos fabricados na China, que terminou com o suicídio do diretor da unidade chinesa do grupo Mattel; o apagão aéreo brasileiro somado ao acidente aéreo da TAM, que derrubou autoridades e executivos do setor; os questionamentos na segurança pública provocados pela realidade confrontada pelo filme Tropa de Elite.
Com certeza, muitas questões foram esquecidas nesta lista apressada (que contempla apenas o ano de 2007), no entanto, ela e o filme servirão de motivo para refletirmos sobre a atuação e os dilemas éticos dos que trabalham nas empresas e instituições.

*Paulo Nassar é professor da Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Diretor-presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE). Autor de inúmeros livros, entre eles O que é Comunicação Empresarial, A Comunicação da Pequena Empresa, e Tudo é Comunicação.

2 comentários:

Viviany disse...

excelente.

Friendly Girl disse...

o Learning tb foi excelente!
estamos muito expostos a falta de ética nas empresas! é importante termos exemplos de ações práticas para ficarmos longe disso! Vide: Christina Pinto! ;p