segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Empreendedoquê? A força do botar pra fazer.

Texto interessante!

A força de enfrentar o risco do desconhecido e a capacidade de fazer acontecer o novo são algumas características de uma habilidade que transforma profundamente as empresas e as sociedades: o empreendedorismo. É através do espírito empreendedor que pessoas criativas vislumbram em problemas oportunidades e com persistência constroem empresas que geram inovações, empregos e desenvolvimento. Entidades como o Instituto Endeavor (bota pra fazer!) fazem no país de forma brilhante o apoio a estas iniciativas.

Mas não é uma ferramenta exclusiva de empresários ou de executivos de alta administração. Precisamos muito dentro das empresas brasileiras de pessoas em todos os níveis hierárquicos que sejam capazes de enxergar fora da caixa e de realizar as transformações, seja num processo, num departamento, num produto. De não se contentar com o que já existe, de pensar grande e agir rápido.

Conheço grandes gênios de mesa de bar, que reclamam da vida e pleiteiam ser capazes de fazer até melhor o que muitos empreendedores fizeram. Mas que pela inércia de suas rotinas, têm muitas idéias e nada fazem com elas, e reclamam dos chefes ou da vida que não lhes deram oportunidades.

Repito sempre nas equipes que liderei que só seremos conhecidos por aquilo que realizarmos, que transformarmos, que entregarmos feito. De nada adianta o plano bem feito ou a idéia no papel, ou a análise de risco se a mudança não foi plenamente implementada. Vale a capacidade e a força de perceber e fazer acontecer com agilidade.

Pra isso acredito que é preciso muitas vezes ser obstinado, acordar mais cedo, dormir mais tarde, não se contentar e perseguir o objetivo sem medo dos obstáculos. Nas tentativas de certo haverá muitas dificuldades, e poucos serão os incentivos externos. Aprender com o exemplo de líderes bem sucedidos, dentro e fora de suas empresas. Refletir sempre sobre o que foi feito durante a semana e o que poderia ser feito para melhorar na próxima, e realmente fazer o que é preciso. Nem sempre a gente acerta de primeira, é importante aprender com os erros e persistir. É relevante o exercício tanto da fé quanto da humildade. Empreendedorismo e criatividade dependem muito de esforço, de persistência. Depende 1% de inspiração, mas 99% de transpiração. Mirar longe, trabalhar duro e seguir firme.

É até um clichê afirmar que é na crise que os empreendedores se destacam, que sã contra-cíclicos e que nas dificuldades surgem as melhores oportunidades. Será que dentro das empresas é a mesma coisa? Será que nos momentos difíceis que estes perfis fazem diferença? Fato é que nunca se valorizou tanto nas empresas brasileiras a criatividade e o empreendedorismo corporativo. E você, acredita na força do empreendedorismo?


Postado por Marcelo Miranda. Segue o link do blog http://vocesa.abril.com.br/blog/marcelo/

Abraço a todos!

Douglas Westrupp Schmitt


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

30 Second Lessons

No site da FastCompany tem uma sessão chamada "30 Second MBA", e dentro dela tem várias lessons sobre algum tema em 30 segundos. Confira aqui essa!

How do you think about sustainability?


Aqui você encontra as próximas 30 second lessons sobre este mesmo tema!
Até mais!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009


Want to know what today's world youth think about climate change? So do we! Share your opinion on climate change – win an iPod nano! Contribute your voice here: http://bit.ly/231bCI


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A AIESEC em Florianópolis apoia esta iniciativa
 



Descadastre-se caso não queira mais receber e-mails.




quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Projecta Blumenau

Projecta 2009
No dia 16 de Outubro de 2009 ocorrerá em Blumenau o evento Projecta 2009 – Blumenau - Gestão de Portfólio e Programas.
O evento irá abordar os diversos aspectos da Gestão de Portfólio e Programas, com um foco prático e apresentação de cases de empresas nacionais e internacionais.
Gestão de Portfólio e Programas
Com o lançamento do padrão OPM3 – Organizational Project Management Maturity Model, em 2003, o PMI iniciou os trabalhos para a criação de dois novos padrões; Gerenciamento de Portfólios e Gerenciamento de Programas. Esses dois novos padrões foram lançados em maio de 2006.
A quarta edição do PMBOK define programas como “um grupo de projetos relacionados gerenciados de modo coordenado para a obtenção de benefícios e controles que não estariam disponíveis se eles fossem gerenciados individualmente” e portfólio como “ um conjunto de projetos ou programas e outros trabalhos, agrupados para facilitar o gerenciamento desse trabalho a fim de atingir os objetivos de negócios estratégicos”. Ou seja, os padrões de projetos e programas representam os conjuntos de práticas reconhecidamente válidas para “fazer certo o trabalho”. O padrão de gerenciamento de portfólio representa o conjunto de práticas reconhecidamente válidas para “fazer o trabalho certo”.

Os padrões de Programas e Portfólios tem o objetivo de auxiliar as organizações a desenvolver ferramentas com a finalidade de manter os projetos alinhados aos seus objetivos estratégicos objetivando o c rescimento e sucesso organizacional e financeiro.



Mais informações: http://www.projecta2009.net.br/

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Ilha de Lixo no Pacífico.

Uma equipe de cientistas e ambientalistas parte neste final de semana da cidade de San Francisco, nos Estados Unidos, em busca do que alguns chamam de "A Ilha do Lixo" - um redemoinho de lixo no Oceano Pacífico formado por mais de seis milhões de toneladas de plástico.
A "ilha", também chamada de "Mancha de Lixo do Pacífico Norte" flutua à deriva entre a Califórnia, nos Estados Unidos, e o Japão.
O redemoinho foi descoberto em 1997 pelo oceanógrafo Charles Moore. Ele ignorou os alertas de não passar pela região, onde faltam ventos e correntes, e acabou descobrindo o acumulado de lixo.
Durante a viagem, o oceanógrafo encontrou pedaços de garrafas, sacos plásticos, seringas e uma variedade enorme de outros objetos de plástico em vários estados de conservação, já que, devido à ação do sol e dos ventos, o material se desintegra em fragmentos pequenos que flutuam durante anos, obedecendo às correntes marítimas.
O plástico tem origem na atividade no continente, principalmente nas áreas costeiras. O material também chega ao oceano por meio dos rios. Os ventos e as correntes empurram o plástico até o redemoinho no Pacífico Norte.
A desintegração do plástico em partículas microscópicas, algumas infinitamente menores do que um grão de areia, faz com que esta mancha, cujo tamanho é duas vezes maior que a superfície do Estado americano do Texas, seja quase impossível de ser localizada com radares ou tecnologia de satélite.

"Sopa plástica"

Ao sair em busca do redemoinho a equipe de cientistas e ambientalistas do Projeto Kasei desafia fatos como a localização imprecisa e a decisão do que fazer quando finalmente ficarem frente a frente com esta gigantesca coleção de lixo.
A expedição visa estudar a composição desta "sopa plástica" (outro apelido que recebeu a "ilha"), o nível tóxico de seus componentes, seu efeito sobre a vida marinha e seu papel na cadeia alimentar.
O líder do projeto, Doug Woodring, explicou à BBC que o mais difícil será coletar amostras sem capturar espécies marinhas.
"Teremos que utilizar tecnologias diferentes, dependendo do volume de resíduos por quilômetros quadrado. Também contamos com redes de tamanhos diferentes", afirmou.
"A ideia é, primeiro analisar do que se trata e, depois, discutir a melhor maneira de lidar com ela (a "ilha de lixo")", acrescentou Woodring, que acredita que uma alternativa seria "transformar o lixo em diesel combustível".
Apesar de a "ilha" ter sido descoberta há mais de uma década, ninguém até o momento tomou medidas para resolver o problema. Para Woodring, no entanto, este fato não é surpreendente.
"O problema principal é que (a "ilha de lixo") está em águas internacionais. Ninguém passa pelo local, não está nas principais rotas comerciais, não está sob nenhuma jurisdição e o público não sabe de sua existência", afirmou.
"Por isso, nenhum governo é pressionado, nenhuma instituição é pressionada a resolver este problema. É um pouco parecido com o que acontece com o lixo espacial", acrescentou.

Consequências:

Apesar de este gigantesco depósito de lixo estar a uma distância relativamente "cômoda", as consequências de sua existência afetam a todos.
Os peixes pequenos, por exemplo, confundem as partículas plásticas com alimentos. Muitos morrem depois de ingerir estes fragmentos, que também agem como esponjas, absorvendo substâncias tóxicas e metais pesados.
Mas, outros peixes sobrevivem e, quando são ingeridos por animais maiores, transformam o plástico em parte da cadeia alimentar.
Dois barcos participam da expedição, o Kaisei e o New Horizon, e eles voltarão à costa dentro de um mês. Quem quiser acompanhar as descobertas realizadas durante a expedição pode acessar a página do projeto na internet.



Fonte: BBC Brasil

Captação de recursos: fontes distintas exigem estratégias diferentes

Os cuidados vão desde um bom planejamento até uma proposta de trabalho bem elaborada.
Todas as organizações sem fins lucrativos já fazem de alguma maneira a captação de recursos. No entanto, é preciso adotar um perfil mais empreendedor para esta atividade. A captação de recursos vai muito além de simplesmente pedir dinheiro.  Por isso, nos últimos anos, o termo "captação de recursos" vem sendo substituído por "mobilização de recursos", cujo objetivo principal é otimizar os recursos existentes.
Os recursos podem ser  físicos (dinheiro, doações de produtos etc.) e humanos (trabalho voluntário), e, para captá-los ou mobilizá-los de forma eficaz, especialistas do Terceiro Setor (expressão utilizada para identificar as organizações sem fins lucrativos que atuam com finalidade pública de caráter social) recomendam que a execução dessas atividades envolva os seguintes aspectos:
- Análise
- Planejamento
- Pesquisa de fonte de recursos
- Estratégias de captação de recursos
Antes de iniciar qualquer programa mais intenso de captação de recursos, é preciso debater internamente com os líderes da organização qual será a política em relação a esse setor, como será a relação com os financiadores, como serão geridos os recursos e  que tipo de prestação de contas dos recursos doados deve ser feita.  A captação de recursos, além de financiar o trabalho desenvolvido,  promove a ONG. Por isso, a organização é a chave do sucessso de qualquer trabalho. É preciso manter um arquivo, sempre  atualizado,  com os dados dos doadores, o histórico de suas doações, as formas como a pessoa prefere colaborar etc., como também os dados financeiros da entidade devidamente comprovados.
Dessa maneira, fica mais fácil acompanhar os resultados de cada atividade promovida pela ONG e elaborar os demonstrativos financeiros da entidade.  Esse controle servirá também como ponto inicial para fazer um projeção de orçamento para os próximos anos.  Outro fator importante também é divulgar os resultados. Divulgar entre os colaboradores o quanto suas doações contribuíram para que objetivo fosse alcançado. As pessoas precisam de estímulo para contribuir, precisam que seu interesse seja despertado. È importante fazer com que os doadores se sintam como parte integrante e ativa do trabalho e o quanto o seu envolvimento faz a diferença no trabalho da organização.  A entidade pode adotar várias estrátegias para divulgar esses resultados entre os seus colaboradores,  como, por exemplo, informativos, boletins, cartas, eventos comunitários etc.
Em relação a captação de recursos, um outro aspecto que requer atenção é a valorização das doações recebidas. Sempre que uma pessoa fizer uma doação é de suma importância agradecer e valorizá-la de acordo com o tamanho e a natureza da doação.  Isso aumenta a chance de a pessoa voltar a contribuir com outras doações no futuro. O ideal é enviar uma carta de agradecimento dentro de 24 horas ou no máximo dentro de 72 horas.
Os responsáveis pela ONG também devem doar, nem que a quantia doada seja simbólica, mas os líderes devem servir como exemplo para os demais e, portanto, serem os primeiros a valorizar o trabalho da organização. Alguns líderes alegam que já doam seu tempo e que não seria justo ter que doar dinheiro também. No entanto, é preciso entender que tempo e dinheiro andam juntos.
Ação Social
Análise
Antes de partir diretamente para a captação de recursos, é importante efetuar uma análise da organização para saber se ela está ou não pronta para implementar suas atividades ou um determinado projeto.  Nesse processo de análise da organização todos, principalmente o responsável pela captação de recursos, devem saber claramente qual a missão da organização, qual seu público-alvo, como a ONG atua etc. É preciso ter em mente a resposta para a seguinte pergunta quando se iniciar o processo de captação: ?O que moveria uma pessoa a doar para a nossa ONG??
Planejamento
O planejamento é muito importante porque serve como um guia para os envolvidos no trabalho da entidade.  A elaboração de um calendário de atividades é essencial na distribuição de tarefas e também permite uma visão geral das principais ações que precisarão ser tomadas para a captação de recursos.
Em síntese,  um planejamento com proposta de trabalho deve conter:
- a lista das ações necessárias
- o tempo para cada uma das ações
- os responsáveis para cada ação
- os recursos necessários
Veja aqui algumas dicas de como fazer um bom planejamento com cronograma de atividades
É preciso também avaliar os resultados de cada ação.  Assim, será possível verificar os pontos fortes e fracos para serem melhorados num próximo trabalho.  Em relação a captação de recursos, esta análise facilita a tomada de decisão por parte dos responsávei pela ONG, pois estarão cercados de informações. Com as informações nas mãos, é possível saber onde investir menos ou mais dinheiro e o que pode ser cortado.
Uma boa captação de recursos deve buscar fontes diferentes, sem que nenhuma delas represente 60% ou mais das receitas.  A ONG não deve depender apenas de uma só fonte para não correr o risco de ter de interromper um projeto ou ter suas atividades prejudicadas pela falta de recursos. É importante ter previamente definido as estratégias que serão empregadas para substitui o doador quando ele deixar de apoiar.
Pesquisa de fonte de recursos
Em relação às fontes de recursos podem ser oriundas de:
- empresas
- fundações
- pessoas
- agências internacionais de financiamento
- instituições locais
- governo
- venda de serviços
- eventos
Pesquisa de Fonte de Recursos
Empresas
As empresas tem como objetivo principal gerar lucro para seus acionistas e portanto,  não cabe a eles o compromisso de divulgar as ações sociais de caráter público.  Por isso, ao solicitar algum tipo de ajuda as empresas, é preciso ser bem objetivo e transparente com as informações. O ideal seria que esse tipo de abordagem na captação de recursos perante empresas constasse na política de captação de recursos da ONG para que todos tenham a mesma informação.
Fundações
A grande maioria das fundações são criadas pelas próprias empresas para atender às demandas de solicitações que elas recebem todo o ano.
Pessoas
As pessoas precisam ser motivadas a doar.  Do ponto de vista do captador de recursos, essa motivação envolve dois pontos: o vínculo que a pessoa tem com a ONG e o interesse dela em ajudar.  O vínculo e o interesse ocorrem gradativamente na medida em que o doador vai conhecendo melhor o trabalho e obtendo experiências positivas.
Agências internacionais de financiamento
Existem muitas intituições do hemisfério norte, como por exemplo Canadá, França e EUA,  que apoiam financeiramente organizações filantrópicas em países como o Brasil. Para obter informações, procure pelos consulados ou pelas agências de cada governo no Brasil
Instituições locais
São consideradas instituições locais: as igrejas, os clubes, os grêmios estudantis, as associações comerciais, as associações de profissionais e outras semelhantes.
Na maioria das vezes, é mais fácil conseguir ajuda de instiuições locais devido a proximidade com o local de atuação da entidade.  Construir relacionamentos é vital para toda organização não-governamental, ainda mais quando a instituição local fica próximo da ONG. Vale ressaltar a importância de sempre reconhecer qualquer tipo de ajuda e apresentar os resultados, isso resulta em experiências positivas para quem doou..         
Governo
Ao solicitar algum tipo de ajuda governamental esteja preparado para infinidade de documentos que serão solicitados. Muitos desses documentos já fazem ou deveriam fazer parte da rotina de uma organização não-governamental.  Por isso, é extremamento importante que a ONG ao longo do exercício de suas atividades mantenha seus arquivos sempre atualizados e organizados. Dentre os documentos que são soliticitados (podem variar dependendo do tipo de parceria que a ONG procura) destacam-se:
- Demonstrações Financeiras auditadas (Balanço Patrimonial assinado por um contador devidamente credenciado)
- Documentações da ONG (Ata de fundação, estatuto social, CNPJ, CCM, Certidão negativo de Débito junto á dívida ativa da União, Atestado de Regularidade junto ao FGTS etc. )
- Relação dos membros da diretoria
- Atestado de antecedentes criminais dos membros que fazem parte da diretoria
- Orçamento do exercício atual
- Descritivo das proprostas dos programas/projetos
- Relação das famílias e/ou crianças beneficiadas pela ONG (por faixa etária)
Venda de produtos ou serviços
A geração de renda pode vir também com a venda de produtos que muitas vezes a própria ONG pode vir a desenvolver por meio de projetos voltados a, por exemplo, Oficinas de Arte. Muitos talentos podem ser descobertos na comunidade e revertidos em prol dela própria. Tratam-se de formas alternativas de produção, as quais não visam o lucro, ou melhor, o excedente é revertido integralmente para a entidade sem fins lucrativos.
Eventos
O planejamento de um evento é uma boa saída para promover o trabalho de uma ONG, captar recursos e  integrar as pessoas. É preciso que as pessoas que estão organizando o evento sejam motivadas, entusiasmadas e, principalmente, compromissadas para que o evento seja um sucesso. Todos devem ser envolvidos no evento, desde os líderes até os voluntários.
Esse planejamento deve ser feito com meses de antecedência, a fim de que haja tempo suficiente para preparar uma ampla divulgação, buscar doações, organizar a programação etc.
Estratégias de captação de recursos
As estratégias de captação de recursos devem ser aplicadas de acordo com o tipo de fonte, que podem ser institucionais, empresariais, ou individuais.
No caso de fontes institucionais, o encaminhamento, solicitando proposta de financiamento, deve ser feito de maneira formal e muito bem elaborada. Nessa proposta devem conter:
- Carta de apresentação
- Sumário
- Apresentação da ONG
- Descrição do problema
- Metas e objetivos do programa
- Metodologia/atividades
- Avaliação
- Financiamento
- Orçamento
- Anexos
Para doadores individuais, a abordagem para a captação de recursos pode ser feita da seguinte maneira:
- Eventos especiais
- campanhas de porta em porta
- estandes
- venda de produtos ou serviços
-  outros
Estratégias de captação de recursos
Fontes institucionais
A proposta de trabalho de uma ONG é o seu cartão de visita. Portanto, deve ser muito bem elaborada. Existem alguns tópicos que devem constar na proposta. São eles:
Carta de apresentação
Tem como objetivo apresentar formalmente ao financiador a proposta de trabalho (projeto) da organização.
Sumário
È um resumo da proposta de trabalho e, por isso, o ideal é que seja redigido após a conclusão e não ultrapasse uma página. Sua finalidade é fazer com que o avaliador compreenda, em poucas palavras, o sentido e o objetivo do projeto.
Apresentação
A organização deve descrever, de maneira clara e objetiva, a data e o motivo de sua criação, seu público-alvo, sua missão e suas metas, como ela  atua,  a realidade de sua comunidade, como é sua estrutura organizacional, com que recursos sobrevive, se possui sede própria, os dados de identificação (CNPJ, parcerias etc.)  etc. Isso possibilitará ter uma visão global da atuação da entidade.

Justificativa do projeto
Deve ser especificado a realidade da comunidade na qual a Ong está inserida e conseqüentemente o motivo que resultou na sua criação. Inserir dados populacionais e índices sociais da região baseados em fontes oficiais (IBGE, Prefeitura etc.) Especificar também se existem fatores que favorecem a realização do projeto ou até mesmo os que dificultam e que precisam de ajuda.

Objetivos e metas
O avaliador deve entender qual é a finalidade do projeto. Onde, quando e como a Ong pretende implementar o projeto. Neste item, devem constar também quais serão os beneficiários (público-alvo) e de que forma irá atender as expectativas da comunidade.

Público-alvo
É importante mencionar  o público-alvo que receberão os benefícios do projeto, se crianças, jovens, adolescentes ou idosos.  Especificiar a quantidade de beneficiários e se possuem carências específicas como por exemplo desnutrição, desemprego etc.

Metodologia de ação
Deve-se descrever as atividades, com os devidos prazos de implementação, que serão realizadas para alcançar os resultados esperados. É importante avaliar se os prazos estão compatíveis com o prazo do projeto.

Recursos
Relacionar quais são os recursos humanos, materiais e financeiros que serão necessários para viabilizar o projeto.

Avaliação
Especificar o que, como e por quem vai ser avaliado o processo e os resultados do projeto.

Anexos
Devem ser encaminhados quando solicitados. Em geral, são anexados os seguintes documentos nas propostas:
- Balanço financeiro dos últimos dois anos
- Documentação de identificação da instituição (CNPJ, estatuto, ata de fundação, relação de membros da diretoria, certidão negativa de débito etc)
- Estrutura organizacional da entidade
- Orçamento
- Descrição dos principais programas

Estratégias de captação de recursos
Doadores individuais
A captação de recursos junto a ?pessoas físicas? podem ser feitas de diversas maneiras. Entre elas, destacamos:
Eventos especiais
Eventos possibilitam promover o trabalho de uma ONG, captar recursos e  integrar as pessoas. Para manter os custos baixos e aumentar a receita líquida de um evento, muitos itens podem ser conseguidos por meio de doações ou até mesmo a preços baixos.  Neste caso, as instituições locais são a melhor fonte de recursos para eventos especiais, pois já conhecem de alguma maneira o trabalho executado pela ONG.
É importante que as pessoas responsáveis pela organização do evento estejam motivadas, entusiasmadas e, principalmente, compromissadas para que o evento seja um sucesso. Parte desse sucesso será garantido com uma bom planejamento que deve ser feito com meses de antecedência, a fim de que haja tempo suficiente para preparar uma ampla divulgação, buscar doações, organizar a programação etc.
Campanhas de porta em porta
Apesar de exigir um esforço maior por parte dos voluntários, as campanhas de porta em porta, em geral, apresentam um índice de resposta alto. O resultado pode ser ainda melhor quando a abordagem é feita por pessoas que são conhecidas no bairro.

Estandes
Existem instituições, uma delas o Centro de Voluntariado de São Paulo, que oferecem oportunidades das organizações cadastradas divulgarem seus trabalhos por meio de estandes localizados em pontos estratégicos como  por exemplo num shopping.  Esta pode ser uma excelente maneira de fazer contato com novas pessoas que poderão vir a ser voluntárias na organização.
Venda de produtos ou serviços
A geração de renda pode vir também com a venda de produtos que muitas vezes a própria ONG pode vir a desenvolver por meio de projetos voltados a, por exemplo, Oficinas de Arte. Muitos talentos podem ser descobertos na comunidade e revertidos em prol dela própria. Tratam-se de formas alternativas de produção, as quais não visam o lucro, ou melhor, o excedente é revertido integralmente para a entidade sem fins lucrativos.
Outros
Coletores
Alguns estabalecimentos permitem  que as organizações  sem fins lucrativos coloquem caixas de donativos em seus espaços.  A entrada de dinheiro pode ser pequena mas constante. È preciso planejar adequadamente para que este tipo de método funcione de maneira eficaz. Também é importante definir os responsáveis pela arrecadação em cada estabelecimento, a periodicidade com que será recolhida as doações etc.
Mala Direta / Telemarketing
Tanto a mala direta quanto o telemarketing envolve custos. É preciso analisar detalhadamente cada etapa deste tipo de abordagem. Algumas organizações utilizam a mala direta para solicitar a primeira doação. Somente quando a pessoa efetua uma segunda doação é que as organizações partem para uma abordagem mais específica, que pode ser feita pelo telefone.


Fonte: Guia-me

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Carreira em Sustentabilidade

Já falamos da necessidade da Responsabilidade Social Corporativa, de como pequenos atos cotidianos podem mudar nossa qualidade de vida, da implantação dos nossos projetos na melhoria das organizações e do desenvolvimento baseado em issues que a AIESEC nos proporciona. Mas, afinal, como criar uma carreira em sustentabilidade?


Por Daniela Diniz
em http://ricardodugo.blogspot.com/

A curitibana Ana Paula Gumy, de 35 anos, foi convidada pelo CEO (chief executive officer, o mesmo que presidente executivo) do HSBC a assumir a área de responsabilidade social do banco depois de ter deixado a organização nove meses antes para se dedicar a projetos sociais na Fundação O Boticário. No mesmo ano, 2004, o administrador de empresas mineiro Marcelo Torres, de 33 anos, também mudou de cargo. De coordenador de segmentos do ABN Amro Real ele passou a consultor de desenvolvimento sustentável.


A história dos dois executivos aponta uma forte tendência no mercado: as empresas estão cada vez mais focadas em sustentabilidade e, para isso, precisam de gente que goste e entenda desse palavrão. 'Os recursos naturais estão no limite e os problemas estão chegando. As empresas começam a se preocupar seriamente com a perenidade do planeta e de seus negócios', diz Maria Raquel Marques, coordenadora do núcleo de sustentabilidade e responsabilidade social da Fundação Dom Cabral, em Belo Horizonte. 'Isso aumenta a demanda por profissionais capazes de perceber relações de causa e efeito o tempo todo.'
Encontrar gente com esse perfil é um dos grandes desafios das empresas hoje. E uma excelente oportunidade de carreira para os poucos que já dominam o tema. Quando Marcelo Torres deixou a área de segmentos do ABN para integrar a equipe de desenvolvimento sustentável, gastava 20 minutos explicando qual era sua nova função no banco. 'Hoje existe uma visão mais clara do que fazemos, mas ainda é uma minoria que realmente entende do assunto. Em geral, as pessoas acham que fazemos parte de um departamento verde', conta. Na prática, é bem mais do que isso, como define Carlos Nomoto, superintendente de educação e desenvolvimento sustentável do ABN: sustentabilidade é um modelo de negócios que atende às necessidades da geração presente sem comprometer a geração futura. 'Não é filantropia. É questão de sobrevivência considerar os aspectos ambientais e sociais nos negócios', afirma. Este é o trabalho de quem entra para o jogo sustentável das empresas: identificar oportunidades de ganho para o negócio levando em conta os aspectos sociais e ambientais.

O primeiro desafio de Marcelo como consultor de desenvolvimento sustentável, por exemplo, foi criar uma linha de crédito para as populações de baixa renda de São Paulo e de Pernambuco. O objetivo era, ao mesmo tempo, melhorar a situação de cada comunicade (o que faz parte do conceito de sustentabilidade) e impulsionar negócios para o banco. 'Queremos oferecer novas oportunidades para aquele grupo de pessoas, sim, mas sem assistencialismo, pois os resultados da empresa estão em jogo', diz Marcelo. Em outras palavras, a comunidade ganha com o banco e o banco ganha com a comunidade. Esse conceito faz parte do vocabulário do ABN desde o final de 2001, quando foi criada a diretoria de responsabilidade social. De lá para cá, o banco vem formando os profissionais que atuam no setor. 'O ideal era ter pessoas que conhecessem o negócio bancário e também tivessem experiência em projetos de sustentabilidade. Ou seja, algo quase impossível', diz Carlos Nomoto. Eles decidiram, então, contratar pessoas que fossem do ramo bancário e tivessem, pelo menos, afinidade com o tema. Hoje, o ABN conta com quase 80 profissionais afinados com o assunto. São 15 ligados diretamente ao desenvolvimento sustentável, 20 em ação social e 30 em educação.


Profissional Multidisciplinar

Para quem se animou com a informação, é importante saber que não se exige uma formação acadêmica específica para lidar com negócios sustentáveis. É possível encontrar administradores, psicólogos, advogados, jornalistas e biólogos atuando num mesmo departamento. Ana Paula, do HSBC, trabalhou no banco durante 16 anos. Formada em administração de empresas, ela passou pela área de câmbio, por marketing internacional, gerência de desenvolvimento de negócios e corporate banking. Em 2002, teve a chance de desenvolver projetos sociais, criando uma escola para jovens de rua. E apaixonou-se pelo assunto. Em março de 2004, pediu demissão e apostou num emprego na Fundação O Boticário, ganhando 60% menos. Nove meses depois, porém, o HSBC fisgou-a de volta, para comandar sua área de responsabilidade social. 'Todos os nossos gerentes têm alinhamento com o mercado, mas pouca noção de responsabilidade social', diz Ana Paula. Vale lembrar que esse é um dos conceitos que fazem parte da sustentabilidade. 'Sustentabilidade é o fim e responsabilidade social é o como', diz Maria Raquel, professora da Fundação Dom Cabral.

Do ano passado para cá, o banco contratou mais seis pessoas para a área de Ana Paula. Hoje, são oito funcionários e 13 estagiários. A idéia é disseminar o conceito de sustentabilidade em todos os níveis, até que não seja mais necessário ter um departamento próprio. 'Esses profissionais precisam ter visão de negócios, uma forte formação humanística, boa conexão com a natureza, flexibilidade e criatividade para enxergar oportunidades dentro do conceito sustentável', diz Maria Raquel. Também é fundamental promover diálogos e alianças com as equipes, ser empreendedor e comunicativo. É o profissional que conhece um pouco de tudo, como diz Fernando Almeida, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). 'Ele não é um especialista por natureza. É alguém que se envolve com várias áreas', afirma. Segundo Maria Beatriz Henning, diretora da Fesa, especializada em seleção de executivos, há cinco anos esse profissional só era visto nas ONGs. 'Hoje, a tendência é trazer o conceito para dentro da organização. O mercado se profissionaliza e, conseqüentemente, busca gente especializada.'


Com a bola cheia

Para quem acha que isso não passa de mais um modismo, a resposta dos especialistas é clara. Apesar de ainda haver uma confusão de conceitos sobre responsabilidade corporativa, há um movimento crescente nas empresas em formar equipes especializadas. 'Não há outra saída', diz Fernando Almeida, do CEBDS. 'Sustentabilidade é sinônimo de sobrevivência. A empresa que operar de forma irresponsável será excluída pelo mercado.' Um exemplo recente é o da Caixa Econômica Federal (CEF). Ao quebrar ilegalmente o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que testemunhou contra o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci Filho, a CEF esbarrou em princípios éticos, arranhou sua imagem e já sente o baque em seus negócios.

Por temer situações como essa, as organizações buscam ganhar dinheiro fazendo a coisa correta. Algumas por convicção, outras por conveniência. 'Há empresas que sentem mais de perto os efeitos da natureza em seus negócios e se apressaram em aplicar a sustentabilidade', diz Luca Borroni-Biancastelli, coordenador-geral do programa corporativo do Ibmec São Paulo. 'É o caso da Petrobras, Vale do Rio Doce e Natura, que investem expressivamente nessa área.' Independentemente do motivo, o fato é que o profissional 'sustentável' valoriza cada vez mais seu passe nas organizações. 'Quem souber lidar com os valores associados à sustentabilidade terá um enorme diferencial na carreira, com mais chances de crescimento', diz Beatriz Pacheco, consultora de responsabilidade social e sustentabilidade, em São Paulo. É o caso da paulista Denise Gibran Nogueira, de 28 anos, especialista em microcrédito do Itaú, que foi 'caçada' pelo banco em novembro de 2004. Formada em administração de empresas, Denise sempre se interessou por responsabilidade social. Ao terminar a faculdade, foi para a Índia fazer um estágio de seis meses num banco cooperativo só para mulheres. Ao voltar, trabalhou como consultora no Sebrae. Foi para o Itaú ganhando cerca de 15% mais e ainda tem subsídio para educação: o banco paga uma parte significativa da sua pós-graduação em gestão de sustentabilidade, na Fundação Getulio Vargas.

Denise era o perfil certo para o banco, que, desde 1993, com a construção do Itaú Social, vem desenvolvendo o conceito de sustentabilidade. 'Nos últimos três anos, temos contratado e treinado muitos profissionais. E continuamos à caça de gente que possa contribuir nessa área', diz Antonio Matias, vice-presidente do Itaú. Ele explica que os bancos saíram na frente nesse conceito porque estão antenados com a agenda mundial. 'Somos um setor que sempre pensa a longo prazo', diz o VP. 'Levar em consideração a perenidade dos negócios era natural.'


Prepare-se!
Por ser difícil encontrar gente preparada para essas funções -- até porque ainda são escassos os cursos voltados para sustentabilidade no país -- as próprias organizações estão preocupadas em formar esse profissional. O ABN, por exemplo, incorporou os princípios de sustentabilidade aos treinamentos já existentes e ainda oferece três cursos sobre o tema.

Se sua empresa ainda não acordou para o assunto, a dica é ir atrás desse conhecimento. 'Procure informações e participe de projetos na área, mesmo que seja como voluntário', diz Denise, do Itaú. Ela, Ana Paula e Marcelo tornaram-se profissionais diferenciados porque souberam explicar o que era sustentabilidade e aplicar a teoria na prática. Por livre e espontânea vontade. 'Não tenho dúvida de que hoje sou um profissional melhor', diz Marcelo. 'O mundo exige essa visão multidisciplinar e o mercado está só começando a valorizar isso.'


Da teoria para a prática

Conheça as funções do profissional sustentável nas empresas:
· Envolver todas as partes relacionadas ao negócio - acionistas, fornecedores e clientes -, fazendo com que todos conheçam os princípios das sustentabilidade e sigam esse conceito.
· Identificar oportunidades de negócios avaliando os impactos socioambientais.
· Estar pronto para explicar, ensinar e dar consultoria sobre o tema para os funcionários da própria empresa, clientes e fornecedores.


Saiba como desenvolver um trabalho sustentável:

· O primeiro passo é entender o que é sustentabilidade. Para isso, existem sites, livros e agora alguns cursos voltados para o tema.
· Em seguida, tente colocar em prática os conceitos no dia-a-dia. Analise os impactos socioambientais do seu trabalho.
· Preste atenção em todos os departamentos envolvidos no seu trabalho. Conhecer toda a cadeia do negócio é fundamental para atuar na área de sustentabilidade.
· Procure conhecer pessoas que já praticam a sustentabilidade no dia-a-dia. Além de aumentar seu network, você adquire conhecimento.

A partir daí, você está pronto para dar sugestões na sua empresa e fazer valer o seu diferencial!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Consumo Consciente

O que é

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Pense rápido: o que é consumo? A palavra é bem conhecida de todos e, seguramente, tem algum significado para você. Consumir implica em um processo de seis etapas que, normalmente, realizamos de modo automático e, mais ainda, muitas vezes impulsivo. O mais comum é as pessoas associarem consumo a compras, o que está correto, mas incompleto, pois não engloba todo o sentido do verbo. A compra é apenas uma etapa do consumo. Antes dela, temos que decidir o que consumir, por que consumir, como consumir e de quem consumir. Depois de refletir a respeito desses pontos é que partimos para a compra. E após a compra, existe o uso e o descarte do que foi adquirido.

Considerando todos esses aspectos do consumo, você vai ver que ele está presente praticamente o tempo todo em nossas vidas. Ao acordar, vamos ao banheiro e consumimos água, eletricidade, pasta de dente e sabonete. Depois tomamos café-da-manhã e lá vai café, pão, manteiga, geléia, frutas, água, eletricidade. E mais água para fazer o café e para lavar a louça. Quando saímos para o trabalho, a menos que se vá a pé ou de bicicleta, consumimos combustível, mesmo que seja do ônibus, e no caso do metrô, energia elétrica. Dependendo da ocupação de cada um, haverá diferentes tipos de consumo, mas é quase certo que haverá uso de eletricidade, papel e cafezinho, por exemplo. Portanto, mesmo que você passe o dia todo sem sequer abrir a carteira, terá consumido muita coisa.

Por isso o consumo é algo muito importante e que provoca diversos impactos. Primeiro em nós mesmos, já que temos que arcar com as despesas do consumo e também nos beneficiamos do bem estar derivado dele. Depois, o impacto na economia, porque ao adquirirmos algo, movimentamos a máquina de produção e distribuição, ativando a economia. Também afeta a sociedade, porque é dentro dela que ocorrem a produção, as trocas e as transformações provocadas pelo consumo. E por fim, o impacto sobre a natureza, que nos fornece as matérias-primas para a produção de tudo o que consumimos.

O consumo é um dos nossos grandes instrumentos de bem estar, mas precisamos aprender a produzir e consumir os bens e serviços de uma maneira diferente da atual, visto que o modelo hoje utilizado de produção e consumo contribuiu para aprofundar alguns aspectos da desigualdade social e do desequilíbrio ambiental. Mas as coisas não precisam ser assim e existe um enorme potencial para que o consumo que nos trouxe a essa situação, se exercido de outra forma, nos tire dela. Vamos ver como?


Consumo Consciente

Bem, agora que você já sabe que muitos dos nossos atos são atos de consumo e que eles impactam a sua vida e as condições da vida no planeta, chegou a hora de saber como você pode usar suas escolhas de consumo para ajudar a construir um mundo social e ambientalmente melhor. O caminho passa pela adoção do consumo consciente. E o que é consumo consciente? É consumir levando em consideração os impactos provocados pelo consumo. Explicando melhor: o consumidor pode, por meio de suas escolhas, buscar maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos dos seus atos de consumo, e desta forma contribuir com seu poder de consumo para construir um mundo melhor. Isso é Consumo Consciente. Em poucas palavras, é um consumo com consciência de seu impacto e voltado à sustentabilidade.

O consumidor consciente busca o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a sustentabilidade do planeta, lembrando que a sustentabilidade implica em um modelo ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável. O consumidor consciente reflete a respeito de seus atos de consumo e como eles irão repercutir não só sobre si mesmo, mas também sobre as relações sociais, a economia e a natureza. O consumidor consciente também busca disseminar o conceito e a prática do consumo consciente, fazendo com que pequenos gestos de consumo realizados por um número muito grande de pessoas promovam grandes transformações.

O consumo consciente pode ser praticado no dia-a-dia, por meio de gestos simples que levem em conta os impactos da compra, uso ou descarte de produtos ou serviços. Tais gestos incluem o uso e descarte de recursos naturais como a água, a compra, uso e descarte dos diversos produtos ou serviços, e a escolha das empresas das quais comprar, em função de sua responsabilidade sócio-ambiental. Assim, o consumo consciente é uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a sustentabilidade da vida no planeta.

Praticar o consumo consciente consiste numa atitude de liberdade de escolha e de protagonismo da própria existência. É uma tomada de posição clara, democrática e ética. O consumo consciente fatalmente irá gerar uma reflexão e tal reflexão pelos consumidores deverá gerar uma cadeia de estímulos que irá contagiar positivamente as empresas e seus funcionários, sua família, colegas e amigos que, diante do exemplo, serão impelidos a refletir sobre os seus próprios atos de consumo.

Para ficar mais claro, vamos dar um exemplo simples. Você já deve ter ouvido falar que a água é um recurso natural escasso e que cerca de 30% da população mundial não tem acesso à água tratada de boa qualidade. Portanto, mesmo que você consiga arcar com sua conta de água, e portanto possa, em princípio, gastar o montante de água que lhe aprouver, tal fato trará como impacto a não disponibilidade de água, um recurso precioso e muito escasso, para um grande número de pessoas. Além disso, antes da água chegar à sua torneira, ela é tratada. Esse tratamento custa dinheiro. Se você economizar, o volume de água tratada será menor e os custos serão mais baixos. Caso contrário, para aumentar o abastecimento, a prefeitura terá de investir em novas estações de tratamento, que exigirão investimentos e usarão o dinheiro que poderia ser aplicado em outras áreas, tais como saúde, educação ou transporte. Um outro ponto a considerar é que, se a água for usada em quantidade maior do que a realmente necessária, talvez as fontes usadas já não consigam atender a demanda. Se isso acontecer, as autoridades terão de buscar água mais longe, o que provavelmente vai encarecer o custo da água e vai dificultar o acesso a ela pelas populações de mais baixa renda.

A falta de água de boa qualidade provoca diversos males. Entre 1995 e 2000, só no Brasil, ocorrerram 700 mil internações hospitalares por doenças relacionadas à falta de água e saneamento básico. Portanto, quando você fecha a torneira ao escovar os dentes, ao se ensaboar no banho e ao lavar a louça, você está praticando um ato de consumo consciente, um ato que terá um impacto positivo sobre a sociedade porque ajudará a preservar água para os outros; terá um impacto positivo para a economia porque adiará a necessidade de novos investimentos no setor; terá um impacto positivo sobre a natureza porque não estará pressionando as nascentes; e terá um impacto positivo para você, que vai economizar na conta de água.


CONSUMO CONSCIENTE

É consumir diferente: tendo no consumo um instrumento de bem estar e não fim em si mesmo

É consumir solidariamente: buscando os impactos positivos do consumo para o bem estar da sociedade e do meio ambiente

É consumir sustentavelmente: deixando um mundo melhor para as próximas gerações

Fonte: www.akatu.org.br

AIESEC convida - Evento da ACATE


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

LIXO ELETRÔNICO (e-waste)


COMODIDADE QUE CONTAMINA
por César Munhoz
“O que você faz quando seu celular estraga? Em muitos casos, mandar para o conserto pode sair mais caro que comprar um novo. E o que acontece com o aparelho estragado, ou com aquele que "ficou antigo"? A maioria das pessoas simplesmente joga fora. Agora pense num país inteiro agindo dessa forma e imagine o tamanho da montanha de lixo. O rápido avanço tecnológico, apesar de tornar nossas vidas cada vez mais cômodas, está causando um aumento meteórico do volume de lixo eletrônico no planeta. Sabe o que é pior? Aparelhos eletrônicos normalmente contêm metais pesados e outras substâncias tóxicas, que podem contaminar o solo, as águas e o ar.
E enquanto as grandes potências mundiais produzem computadores, eletrodomésticos e celulares de última geração, o lixo resultante de toda essa tecnologia vai poluir o meio ambiente de quem pode menos. Isso porque os países ricos "exportam" seu lixo eletrônico para os países em desenvolvimento, que se utilizam dele para movimentar a economia por meio da extração de elementos como circuitos eletrônicos e alumínio. Mas essa prática, na maioria dos países, ocorre sem regulamentação e fiscalização adequadas, causando sérios danos ao meio ambiente e à saúde da população.
Em 2002, de acordo com a Rede de Ação da Basiléia e o Greenpeace, o problema era mais sério na China e na Índia. Mas estudos feitos em 2006 acusaram que a rota do comércio do e-lixo agora tem como principal destino a África. A Nigéria, por exemplo, recebe 100 mil computadores por mês, mas 75% deles são sucata. Segundo o relatório, a maior parte do lixo eletrônico não é utilizada e fica exposta em campos abertos, poluindo especialmente a água e o solo, contaminados com chumbo e subprodutos de ácidos.”

Algumas iniciativas foram feitas, vale dar uma conferida no site:
http://www.lixoeletronico.org/category/temas/iniciativas


Para debater mais sobre esse assunto tão atual e importante para nossa sociedade, convidamos a todos para participarem do Learning Circle da AIESEC que será realizado nesta sexta feira (02/09) no auditório da FEPESE, na UFSC a partir das 18h. Não deixem de participar!
Nara
time de Projetos

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Terceiro Setor de Primeira

O alto grau de profissionalismo no Terceiro Setor para mim não era mais segredo. Após um choque "organizacionalmente" cultural de experiências neste setor, voltar a Florianópolis e ver que independentemente do tamanho da iniciativa, a busca por melhorias na qualidade de seus serviços, posicionamento no mercado, especializações e também levantamento de fundos são apenas algumas medidas que ONG's vêm praticando para se tornarem mais competitivas neste setor que - pela ampla necessidade e sobrecarga do Estado - cresce a cada dia.
Se por um lado o Estado ajuda como pode, ou seja, cedendo (ou alocando) profissionais, infra-estrutura, automóveis e ajuda financeira limitada, a iniciativa privada através de políticas de responsabilidade social corporativa investe pesado. O motivo talvez seja administrar os impactos que eles mesmos vem causando ao longo dos anos, ou simplesmente abater impostos através de leis oportunistas criadas para beneficiar seus próprios criadores. Sem querer entrar nestes méritos e muito menos julgar tais ações, o que se vê neste cenário atualmente é a forte presença da iniciativa privada muitas vezes ligadas a órgãos sociais internacionais unidos para fortalecer o terceiro setor.
Durante as visitas que venho fazendo tanto de avaliações quanto de reabertura de vagas de intercâmbio aqui na Aiesec Floripa, é a busca por aquelas melhorias citadas acima. A Casa da Criança Morro da Penitenciária, que completou 20 anos em 14/03/08, é uma ONG sem fins lucrativos que atende 140 crianças e adolescentes de seis a dezessete anos é um exemplo disso tudo: infra-estrutura necessária, organização, gestão transparente e por que não dizer, com um passo a frente, leia-se, parceira da Aiesec.
E é com muito prazer que informo que nossa parceria com esta instituição tem muito a permanecer, pois a Casa da Criança é uma das finalistas do Prêmio Itaú-Unicef, uma iniciativa da Fundação Itaú Social e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Esta premiação acontece a cada dois anos, desde 1995, e em 2009 está na oitava edição. Tem como objetivo reconhecer e estimular o trabalho de organizações sem fins lucrativos que contribuem, em articulação com a escola pública e outras políticas, para a educação.
Boa sorte!

Rafael Dal Pont
Time de Projetos

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Como trabalhar com voluntários na captação de recursos

Como trabalhar com voluntários na captação de recursosPor Andrea Goldschmidt*
Quando falamos de captação de recursos para uma organização, podemos estar falando em captação de dinheiro, de materiais, de produtos, equipamentos, espaços físicos para a realização de atividades ou eventos e, sem dúvida, de pessoas. A existência de voluntários, neste sentido, já é uma forma de captação de recursos – recursos humanos. 
 
Os recursos humanos são essenciais na captação de outros recursos para uma organização, já que são necessárias pessoas para fazerem contatos com potenciais doadores, para ajudar na montagem de uma mala direta, na organização de eventos, em atividades de telemarketing, etc. 
 
A captação de recursos é uma atividade que deve permear toda a organização. Todos os funcionários e voluntários (sejam da linha de atendimento, diretores ou conselheiros) podem e devem participar das atividades de captação de recursos e, neste sentido, mesmo os funcionários de outras áreas da organização podem ser voluntários. 
 
Se gerenciar pessoas já não é uma tarefa fácil, gerenciar voluntários apresenta alguns desafios adicionais. Estamos lidando com pessoas com motivações diferentes, disponibilidades diferentes, expectativas diferentes e com apenas uma coisa em comum – não estão ganhando nada (financeiramente) para desenvolver o trabalho proposto. 
 
O que estamos discutindo aqui, portanto, é como aproveitar o melhor de cada uma destas pessoas, gerenciando os conflitos e dificuldades que irão surgir neste processo. 
 
É importante pensarmos em alguns aspectos desta questão:
 
Como cada uma destas pessoas pode ajudar? Que atividades estas pessoas podem desenvolver? Que contatos elas têm que podem ser úteis para a organização?
 
De quantas pessoas dispomos?
 
Que estrutura é necessária para gerenciar as atividades deste grupo?
 
Como vamos fazer para envolvê-las, motivá-las e controlar seu trabalho?
 
Que materiais são necessários para que estas pessoas possam desenvolver suas atividades de maneira mais produtiva.
 
Este planejamento deve ser feito antecipadamente, juntamente com o planejamento da captação como um todo, já que algumas das conclusões que vamos chegar ao analisar os recursos humanos de que dispomos podem afetar as decisões de como o plano como um todo deve ser conduzido. 
 
QUE ATIVIDADES OS VOLUNTÁRIOS PODEM DESENVOLVER 
 
A princípio qualquer atividade pode ser desenvolvida por voluntários. Existem dois caminhos que podemos seguir: 
 
1.     Depois de elaborado o plano de captação (no qual foram pensadas estrategicamente as atividades que devem ser realizadas para captação de recursos) a organização seleciona os voluntários para desenvolverem o trabalho 
 
Esta é a situação ideal, já que a organização primeiro estabelece o que precisa ser feito e depois seleciona as pessoas que podem desempenhar aquela(s) tarefa(s) com eficiência. 
 
Para que esta possibilidade exista, a organização precisa contar com uma grande variedade de voluntários cadastrados. Estes voluntários vão sendo chamados a participar sempre que surgirem atividades que demandem as aptidões específicas que cada um deles têm. 
 
Esta é a forma mais eficiente de trabalhar, já que aproveitamos as aptidões e habilidades de cada pessoa.
 
Na realidade a situação que encontramos no mercado em geral é um pouco diferente desta, já que as organizações não dispõem de tantas alternativas de recursos humanos disponíveis. 
 
2.     Selecionados os voluntários, vamos fazer um levantamento de suas habilidades e aptidões e pensar como podemos explorá-las da melhor maneira possível. 
 
Quando a organização não dispõe de muitas alternativas de recursos humanos disponíveis, este pode ser um caminho interessante. 
 
É melhor aproveitar as habilidades de um voluntário que esteja disponível, do que insistir em captar recursos através de canais sobre os quais não se tem conhecimento e/ou acesso. 
 
É preciso tomar cuidado, no entanto, para não perder boas oportunidades de mercado porque a organização não conseguiu enxergar alternativas para os métodos tradicionais de captação que seus voluntários estabeleceram como ideal. 
 
Para que possamos aproveitar o melhor destas duas alternativas, a sugestão é:
 
Elabore um plano de captação de recursos “ideal”;
 
Identifique as habilidades necessárias para desenvolvimento das atividades do plano;
 
Monte um cadastro de voluntários disponíveis e identifique as habilidades de cada um deles;
 
Faça um cruzamento das duas informações e tente ajustar o plano para que fique o mais próximo possível do ideal e aproveite da melhor maneira possível as habilidades dos voluntários disponíveis.
 
COMO ENVOLVER OS VOLUNTÁRIOS NAS ATIVIDADES DE CAPTAÇÃO 
 
Algumas organizações têm facilidade em atrair voluntários, mas têm uma certa dificuldade em mantê-los. A captação de recursos, como sabemos, é um processo que às vezes demanda tempo e, por isso, precisamos de voluntários “fixos”: pessoas que estejam comprometidas com o trabalho e que tenham o compromisso de levar a cabo as atividades e os contatos que foram iniciados. 
 
Para que um voluntário permaneça trabalhando por um longo período para uma organização, ele deve estar ainda mais motivado a participar do que os funcionários remunerados. 
 
O voluntário tem que enxergar:
 
 Que faz diferença;
 
Que seu trabalho é importante;
 
Que está sendo reconhecido por desenvolver este trabalho e pelo apoio que dá a esta organização.
 
Motivação é a palavra chave! É importante que os voluntários recebam o retorno que esperam com o trabalho que estão realizando. 
 
O complicado aqui é saber o que cada voluntário espera. Como estamos lidando com pessoas, as motivações de cada voluntário podem ser muito diferentes e, para isso, teremos que desenvolver a difícil tarefa de estudar as motivações de cada pessoa. 
 
Pode ser interessante, desenvolver um pequeno questionário (ou uma breve entrevista), através do qual a organização possa conhecer melhor seus voluntários e entender mais profundamente quais são as suas motivações. 
 
Também é importante que a atividade seja acompanhada (supervisionada) com freqüência, para que o voluntário não se sinta demasiadamente “solto”. Isso não significa controlar cada passo que o voluntário dá. Lembre-se que eles estão ali para ajudar, dividindo as tarefas. Se a supervisão for freqüente demais ou profunda demais, a equipe de supervisão vai ficar ainda mais sobrecarregada e os voluntários, ao invés de ajudar, podem até atrapalhar. 
 
COMO FAZER A SUPERVISÃO E AVALIAR OS VOLUNTARIOS 
 
Se levarmos em consideração que o voluntário foi selecionado para desempenhar uma tarefa específica, é fácil imaginar que haverá um detalhamento do que deve ser feito, em que prazo e com que recursos. Se o plano de atividades tiver sido feito desta maneira, ficará fácil implantar um sistema de supervisão deste trabalho. 
 
O desenvolvimento de um plano de ação, portanto, é a chave para a supervisão do trabalho dos voluntários (e também dos funcionários remunerados). 
 
Pode ser interessante estabelecer reuniões regulares de acompanhamento do plano. Sempre que planejamos uma atividade composta por várias etapas de trabalho (como um plano de captação de recursos), é importante que haja momentos pré-definidos de avaliação do andamento das ações propostas. 
 
Além desta ser uma forma justa e clara de cobrar o trabalho de todas as pessoas envolvidas (já que cada um sabe o que deve fazer, quando, qual a importância do seu trabalho dentro do todo e qual o impacto de um atraso de sua parte no trabalho de outras pessoas), a tendência é que as pessoas entendam estas datas como “dead-lines” e que realizem a sua parte até a data do próximo encontro. 
 
A supervisão, portanto, deve ser freqüente e baseada em informações pré-acordadas (das atividades que deveriam ser realizadas). 
 
Isso não significa que não possam acontecer atrasos ou contratempos durante a execução do plano. O supervisor tem que ter a habilidade de reconhecer quais os problemas que levaram ao não cumprimento das atividades acordadas – corpo mole, falta de habilidade do voluntário para aquela tarefa, falta de suporte da organização, problemas externos, etc. – e avaliar como esta dificuldade será contornada para que o sucesso do plano não seja comprometido. 
 
Este já é o começo da avaliação do trabalho dos voluntários. Quando fazemos reuniões de acompanhamento com freqüência, estamos construindo dia após dia, uma avaliação de cada um dos voluntários envolvidos nas atividades de captação de recursos. 
 
Se o desempenho for bom, isto é, se as atividades estiverem sendo desenvolvidas a contento, ótimo. Se não for bom, é preciso fazer uma análise da situação e definir o que fazer. 
 
Podemos pensar em várias alternativas: 
 
 É possível melhorar o desempenho do voluntário naquela atividade?
 
É possível aproveitá-lo em outra função que atenda às suas expectativas e que efetivamente ajude a organização?
 
É melhor desligá-lo?
 
Pode parecer estranho falar em “demissão” de voluntários, mas a organização precisa ter em mente que o voluntário está ali para ajudá-la, mais do que para ser ajudado. 
 
É possível, portanto, “demitir” voluntários que não estejam trazendo os resultados desejados (ou combinados com o restante do grupo), mas é claro que isso deve ser o resultado de sucessivas avaliações negativas. 
 
Quando o grupo como um todo percebe que aquele voluntário não está desenvolvendo suas atividades como proposto, é até bom que ele seja desligado, para não criar desânimo entre os demais voluntários. 
 
COMO DAR RECONHECIMENTO PARA OS VOLUNTARIOS PARTICIPANTES 
 
Se podemos “demitir” voluntários que não atendem às nossas expectativas, certamente também devemos dar reconhecimento para os voluntários que atendem (e até superam) às expectativas. 
 
Imaginando que a organização tenha feito a pesquisa sugerida para conhecer melhor as motivações dos voluntários, ela precisa, em algum momento, dar a eles o retorno que esperam. 
 
É claro que alguns retornos são imediatos ou constantes: “o prazer de ver o desenvolvimento de uma comunidade” poderá ser observado pelo voluntário no dia-a-dia, à medida que as atividades vão sendo desenvolvidas. Mas muitas pessoas tornam-se voluntárias em função do reconhecimento que vão ter e, desta forma, esta é uma atividade que não pode ser negligenciada. 
 
O reconhecimento pode ser simples, feito dentro do próprio grupo, ou pode ser um reconhecimento público, em um evento, por exemplo. 
 
Algumas organizações realizam eventos anuais de reconhecimento de voluntários: uma festa em que serão “premiadas” as pessoa que ajudaram com seu trabalho voluntário ao longo do ano. Estas pessoas podem receber um diploma, um troféu ou simplesmente ter seu nome citado na presença de pessoas que sejam importantes para elas (sejam familiares, empregadores ou amigos). 
 
O que precisamos ter em mente é que da mesma forma que estamos avaliando nossos voluntários, também estamos sendo avaliados por eles. Se nesta avaliação eles tiverem a percepção de que não tiveram o retorno que desejavam (os itens que citaram na nossa pesquisa), eles provavelmente irão procurar outras organizações para oferecer seu trabalho e, desta forma, perderemos o voluntário. 
 
Trabalhar com voluntários, portanto é uma tarefa muito gratificante e economicamente viável, mas que precisa ser planejada de maneira detalhada para que se obtenha os resultados desejados. 
 
Além do planejamento detalhado do trabalho que será realizado, deve-se ter especial atenção com a seleção, a avaliação de desempenho e as ações de motivação dos voluntários para que a ação de captação com a participação de voluntários seja realmente eficiente. 
 
 
 
* Andrea Goldschmidt é administradora de empresas pela EAESP- FGV e atua como captadora de recursos desde 1999. Também é professora de Marketing e Captação de Recursos na ESPM e na FACAMP e colaboradora do Centro de Estudos do Terceiro Setor (CETS) da Fundação Getúlio Vargas. Trabalha como consultora na APOENA Empreendimentos Sociais (www.apoenasocial.com.br) auxiliando empresas na implantação de programas de responsabilidade social junto à comunidade.
 
 

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Projeto Oasis





Em julho, vivenciamos uma utopia. História para contar pros netos! Foram 300 jovens em 10 dias intensos em 6 cidades (12 comunidades que sofreram as enchentes) e mais de 18 obras iniciadas e terminadas, dentre elas, construção de uma ponte para pedestres em Ilhota, construção de praças públicas, parquinho para crianças, reforma de escolas, posto de saude e mais. Resultado disso é que prefeitos, governador, jovens, empresários, moradores de diversos bairros, enfim pessoas de todos os setores se juntaram por um sonho comum! Foi maravilhoso ver pessoas se juntando para sonhar e fazer. Descobrimos que somos impossíveis! hehe (tem muita foto e video para mostrar)

- Artigo sobre o Oasis que esta no site do Banco Mundial
http://youthinkblog.worldbank.org/playing-hard-change-world,

- Matéria que saiu no Bom Dia Brasil no mês de julho de 2009!
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1095016-7823-ESTUDANTES+UNIVERSITARIOS+AJUDAM+A+MELHORAR+CIDADE+DE+SANTA+CATARINA,00.html

- Esse aqui, meu preferido, tem imagens do mão na massa nas comunidades: http://festivaloasis.ning.com/video/oasis-sc-mao-na-massa-22-a-31


Em pouco mais de 3 meses, mais de 3000 pessoas se mobilizaram no Brasil todo e entraram na rede do Oasis. Agora, os 300 jovens que foram pra Santa Catarina voltaram inspirados para suas cidades de origem mobilizando ainda mais gente para a ação. Até outubro, Sao Paulo, Ceará, Minas, Paraná, Rio, Mato Grosso do Sul, Bahia vao mobilizar ainda mais pessoas pra fazer acontecer as mudanças que queremos ver. É um movimeno típico de nossos tempos: de maneira espontânea, jovens se juntam com outros jovens para colocar a mão-na-massa e mobilizam todos os setores para vir junto.

Agora temos o desafio de juntar todos estes jovens novamente com pessoas do setor público, setor privado e sociedade civil em geral para desenhar alternativas sustentáveis e criar inovações sociais de forma colaborativa.

Então nos lançamos no desafio de organizar e realizar nestes próximos 2 meses um ENCONTRO, com as melhores práticas nacionais e internacionais, para inspirar a sociedade e o governo de Santa Catarina. Nossa meta é organizar em rede e cada um oferecendo o seu melhor!
É o Festival Oasis!!!

O encontro vai acontecer de 31 de outubro a 2 de novembro em Blumenau ou Florianópolis (em negociação). Além das oficinas e apresentações de praticas sustentáveis vamos ter 3 momentos especiais:

1) Olhar apreciativo: os participantes vao apresentar o que de melhor tem feito por um mundo sustentavel e compartilhar ideias com os outros;

2) O sonho: os participantes vao compartilhar sonhos e lançar ideias passiveis de serem realizadas;

3) O Pacto: haverá a chamada para ação e os participantes vao se comprometer com aquilo que gostariam de mudar ou impulsionar rumo ao sonho compartilhado.

Permeando este processo de diálogo, haverão palestras sobre 1) permacultura, habitações sustentáveis, novas tecnologias sustentáveis; adaptação as mudanças climáticas; 2) liderança coletiva e colaboração (animação e mobilização de redes sociais/capital social; 3) Alternativas econômicas de iniciativas sustentáveis.

 Embarque nessa com a gente!

Grande abraço!

Michael Cabral.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Novos Tempos - Christina Carvalho Pinto

Christina Carvalho Pinto fala um pouco sobre os novos tempos e quais as reais demandas que o acompanham.

Primeira mulher na América Latina a liderar um grupo multinacional de comunicação - o Young & Rubicam, do qual foi sócia -, Christina Carvalho Pinto é o modelo da profissional dinâmica. Começou como redatora e diretora de criação e chegou a chairwoman das sete empresas do Young & Rubicam e vice-chairwoman dos 26 escritórios da holding na América Latina. Em 1996 fundou o Grupo Full Jazz de Comunicação, formado por Full Jazz Propaganda, Full Tecno (internet), Full Direct (marke-ting direto) e Full Jazz Comunidade (desenvolvimento de marcas cidadãs). Ganhou muitos prêmios, como o de Profissional de Propaganda do Ano (1989) e da Década (80) e de Publicitária do Ano (1991) do Prêmio Colunistas. Foi eleita entre as 20 Persona-lidades Winners do Mundo pela revista Exame, em 1990, ano em que foi jurada de Cannes. Esteve entre os destaques empresariais femininos de 2000 apontados pelo Prêmio Femme D`Affaires, da Vêuve-Clicquot, foi a mulher mais influente do Brasil em marke-ting e publicidade, segundo a revista Forbes (2004) e um dos dez maiores empreendedores brasileiros, da revista Empreendedor (2005). Participa de vários conselhos e é embaixadora do Fórum Mundial da Mulher para a Economia e Sociedade.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

FaD - Faça a Diferença II


Gostaríamos de convidar você, seus sócios e interessados a participar do FaD 2009.

O FaD - Faça a Diferença - é um evento para 200 pessoas, criado e presidido pela AIESEC em Florianópolis. Buscamos, por meio dessa ação, fomentar a atitude empreendedora e ajudar a fornecer os insumos para construir o conhecimento necessário para a criação e consolidação de empresas, que sejam inovadoras e competitivas colaborando assim para o desenvolvimento social e econômico do Brasil e de Santa Catarina.

A sua presença é muito importante para que tenhamos um ambiente favorável ao networking e troca positiva de experiências entre as organizações, palestrantes e pessoas de outras empresas e estudantes que assistirão as palestras.

Nossa equipe está a disposição para quaisquer esclarecimentos sobre inscrições ou conteúdo do FaD 2009.

Aqui você confere a estrutura do evento, que ocorre nesta

Quinta-feira, dia 27, às 18 horas no Auditório da Reitoria da UFSC

e tem como tema Como Tornar Sua Empresa Atrativa:

  • 17h30 – Recepção
  • 18h00 – Abertura do Evento
    com partipação de Rui Luiz Gonçalves, presidente da ACATE.
  • 18h30 – Palestra 1 “Investindo em ideias”
    com José Eduardo Fiates
  • 19h30 – Palestra 2 “Quem investe em ideias?”
    com Marcelo Cazado
  • 20h00 – Palestra 3 “Ideias inovadoras, empreendimentos”
    com Guilherme Jacob
  • 21h00 – Mesa redonda: Perguntas e Respostas
  • 21h30 – Coquetel de encerramento

As inscrições podem ser feitas pelo telefone: (48)9994-7441, com Marianna, ou pelo site do evento www.investindoemideias.com.br
Contamos com sua participação.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O que faz um projeto social/ambiental ser sustentável?


Independente da motivação que leva uma empresa a adotar a responsabilidade social e ambiental, existe um grande caminho a ser percorrido para dizer que ela executa projetos sustentáveis. Mesmo estando alinhados ao planejamento estratégico, ao ISE e aos processos de negócio, os projetos, ainda assim, podem não ser sustentáveis. E aí vem a pergunta-título: o que faz um projeto social/ambiental ser sustentável?

Não saberia dar uma definição exata, mas darei um exemplo que talvez ajude a esclarecer. Suponhamos que uma indústria vai se instalar em uma cidade e começa a fazer as obras para a construção da planta. Isso gera bastante impacto e a empresa realiza diversos projetos tanto para mitigação dos impactos ambientais, quanto sociais, já que a fábrica está sendo construída próxima a uma comunidade.

Pois bem, geralmente a mitigação ambiental não tem muito que se discutir até porque é lei. Além da questão do meio ambiente é preciso lidar com a possibilidade da comunidade do entorno sofrer de um inchaço populacional, com pessoas vindas de diferentes cidades e estados, atraídas pelas oportunidades geradas com a instalação da fábrica na localidade. E se a questão não for cuidada com atenção, pode virar um grande problema para a empresa.

Assim, pelo lado social, é comum que a empresa firme parceria com a comunidade, seja contratando na localidade mão-de-obra para serviços menos especializados, seja transformando pequenos empreendimentos locais em fornecedores. Também é muito comum a realização de projetos voltados para crianças e adolescentes, seja de cunho esportivo, cultural ou educacional.

Agora pensemos: executar todos esses projetos custa dinheiro. Muito dinheiro. E é um dinheiro que terá de ser gasto enquanto a empresa estiver ali instalada. Mas e se um dia a empresa resolver tirar a fábrica daquele local? O que vai ser daquela comunidade? Além de colocar um sistema econômico local em colapso, a saída da fábrica também pode colocar um sistema social em colapso. Trágico? Não, apenas a realidade.

Lembremos a definição de desenvolvimento sustentável presente no Relatório de Brundtland: “a satisfação das necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. Ou seja, comprometimento com o longo prazo. É isso que caracteriza um projeto social/ambiental sustentável.

E no caso da empresa que criou toda uma cadeia produtiva e de valor no entorno da sua fábrica? Como poderia garantir a continuidade dessa cadeia produtiva e de valor se a responsabilidade da empresa acaba com a saída da fábrica do local? Como deveria ser a condução dos projetos ao longo dos anos de forma que eles fossem sustentáveis e a descontinuidade da fábrica gerasse o mínimo de impacto para a comunidade?

Será que se ao invés de formar uma rede de fornecedores, não seria mais interessante (e sustentável) estimular o empreendedorismo, capacitando e auxiliando a comunidade na gestão de um negócio onde a fábrica fosse apenas mais um cliente? Será que ao invés de absorver a mão-de-obra não qualificada necessária, não seria mais sustentável qualificá-la para que pudesse ser utilizada não apenas na própria fábrica, mas também em outras empresas? Será que não é melhor adotar uma postura de coadjuvante no processo econômico do local do que a de protagonista, como sempre acaba sendo feito?

A construção e a operação de uma fábrica foi apenas um exemplo de como um projeto pode (e deve) ser sustentável. Na verdade, a grande pergunta que deve ser feita é qual o intuito de se gastar muito dinheiro nesses projetos se a empresa não oferece às comunidades do entorno a possibilidade de no futuro “caminhar com as próprias pernas”. Não seria mais inteligente, mais digno e até menos oneroso (porque a tendência seria a comunidade depender cada vez menos dos recursos da fábrica) se fosse feita uma abordagem mais sustentável?

Creio não ter respondido a pergunta-título deste texto. Pelo contrário, acho que lancei mais questionamentos ao invés de propor uma definição concreta. Mas esse era o intuito. As empresas têm suas próprias necessidades e cabe aos gestores das áreas sociais e ambientais procurarem um equilíbrio dentro do tripé da sustentabilidade de forma que a execução dos projetos seja satisfatória para a corporação e para as comunidades impactadas no longo prazo.

Retirado de:
http://www.administradores.com.br/artigos /o_que_faz_um_projeto_social_ambiental_ser_sustentavel/32906/
Autora: Julianna Antunes
Blog: www.sustentabilidadecorporativa.com