segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Empreendedoquê? A força do botar pra fazer.

Texto interessante!

A força de enfrentar o risco do desconhecido e a capacidade de fazer acontecer o novo são algumas características de uma habilidade que transforma profundamente as empresas e as sociedades: o empreendedorismo. É através do espírito empreendedor que pessoas criativas vislumbram em problemas oportunidades e com persistência constroem empresas que geram inovações, empregos e desenvolvimento. Entidades como o Instituto Endeavor (bota pra fazer!) fazem no país de forma brilhante o apoio a estas iniciativas.

Mas não é uma ferramenta exclusiva de empresários ou de executivos de alta administração. Precisamos muito dentro das empresas brasileiras de pessoas em todos os níveis hierárquicos que sejam capazes de enxergar fora da caixa e de realizar as transformações, seja num processo, num departamento, num produto. De não se contentar com o que já existe, de pensar grande e agir rápido.

Conheço grandes gênios de mesa de bar, que reclamam da vida e pleiteiam ser capazes de fazer até melhor o que muitos empreendedores fizeram. Mas que pela inércia de suas rotinas, têm muitas idéias e nada fazem com elas, e reclamam dos chefes ou da vida que não lhes deram oportunidades.

Repito sempre nas equipes que liderei que só seremos conhecidos por aquilo que realizarmos, que transformarmos, que entregarmos feito. De nada adianta o plano bem feito ou a idéia no papel, ou a análise de risco se a mudança não foi plenamente implementada. Vale a capacidade e a força de perceber e fazer acontecer com agilidade.

Pra isso acredito que é preciso muitas vezes ser obstinado, acordar mais cedo, dormir mais tarde, não se contentar e perseguir o objetivo sem medo dos obstáculos. Nas tentativas de certo haverá muitas dificuldades, e poucos serão os incentivos externos. Aprender com o exemplo de líderes bem sucedidos, dentro e fora de suas empresas. Refletir sempre sobre o que foi feito durante a semana e o que poderia ser feito para melhorar na próxima, e realmente fazer o que é preciso. Nem sempre a gente acerta de primeira, é importante aprender com os erros e persistir. É relevante o exercício tanto da fé quanto da humildade. Empreendedorismo e criatividade dependem muito de esforço, de persistência. Depende 1% de inspiração, mas 99% de transpiração. Mirar longe, trabalhar duro e seguir firme.

É até um clichê afirmar que é na crise que os empreendedores se destacam, que sã contra-cíclicos e que nas dificuldades surgem as melhores oportunidades. Será que dentro das empresas é a mesma coisa? Será que nos momentos difíceis que estes perfis fazem diferença? Fato é que nunca se valorizou tanto nas empresas brasileiras a criatividade e o empreendedorismo corporativo. E você, acredita na força do empreendedorismo?


Postado por Marcelo Miranda. Segue o link do blog http://vocesa.abril.com.br/blog/marcelo/

Abraço a todos!

Douglas Westrupp Schmitt


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

30 Second Lessons

No site da FastCompany tem uma sessão chamada "30 Second MBA", e dentro dela tem várias lessons sobre algum tema em 30 segundos. Confira aqui essa!

How do you think about sustainability?


Aqui você encontra as próximas 30 second lessons sobre este mesmo tema!
Até mais!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009


Want to know what today's world youth think about climate change? So do we! Share your opinion on climate change – win an iPod nano! Contribute your voice here: http://bit.ly/231bCI


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A AIESEC em Florianópolis apoia esta iniciativa
 



Descadastre-se caso não queira mais receber e-mails.




quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Projecta Blumenau

Projecta 2009
No dia 16 de Outubro de 2009 ocorrerá em Blumenau o evento Projecta 2009 – Blumenau - Gestão de Portfólio e Programas.
O evento irá abordar os diversos aspectos da Gestão de Portfólio e Programas, com um foco prático e apresentação de cases de empresas nacionais e internacionais.
Gestão de Portfólio e Programas
Com o lançamento do padrão OPM3 – Organizational Project Management Maturity Model, em 2003, o PMI iniciou os trabalhos para a criação de dois novos padrões; Gerenciamento de Portfólios e Gerenciamento de Programas. Esses dois novos padrões foram lançados em maio de 2006.
A quarta edição do PMBOK define programas como “um grupo de projetos relacionados gerenciados de modo coordenado para a obtenção de benefícios e controles que não estariam disponíveis se eles fossem gerenciados individualmente” e portfólio como “ um conjunto de projetos ou programas e outros trabalhos, agrupados para facilitar o gerenciamento desse trabalho a fim de atingir os objetivos de negócios estratégicos”. Ou seja, os padrões de projetos e programas representam os conjuntos de práticas reconhecidamente válidas para “fazer certo o trabalho”. O padrão de gerenciamento de portfólio representa o conjunto de práticas reconhecidamente válidas para “fazer o trabalho certo”.

Os padrões de Programas e Portfólios tem o objetivo de auxiliar as organizações a desenvolver ferramentas com a finalidade de manter os projetos alinhados aos seus objetivos estratégicos objetivando o c rescimento e sucesso organizacional e financeiro.



Mais informações: http://www.projecta2009.net.br/

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Ilha de Lixo no Pacífico.

Uma equipe de cientistas e ambientalistas parte neste final de semana da cidade de San Francisco, nos Estados Unidos, em busca do que alguns chamam de "A Ilha do Lixo" - um redemoinho de lixo no Oceano Pacífico formado por mais de seis milhões de toneladas de plástico.
A "ilha", também chamada de "Mancha de Lixo do Pacífico Norte" flutua à deriva entre a Califórnia, nos Estados Unidos, e o Japão.
O redemoinho foi descoberto em 1997 pelo oceanógrafo Charles Moore. Ele ignorou os alertas de não passar pela região, onde faltam ventos e correntes, e acabou descobrindo o acumulado de lixo.
Durante a viagem, o oceanógrafo encontrou pedaços de garrafas, sacos plásticos, seringas e uma variedade enorme de outros objetos de plástico em vários estados de conservação, já que, devido à ação do sol e dos ventos, o material se desintegra em fragmentos pequenos que flutuam durante anos, obedecendo às correntes marítimas.
O plástico tem origem na atividade no continente, principalmente nas áreas costeiras. O material também chega ao oceano por meio dos rios. Os ventos e as correntes empurram o plástico até o redemoinho no Pacífico Norte.
A desintegração do plástico em partículas microscópicas, algumas infinitamente menores do que um grão de areia, faz com que esta mancha, cujo tamanho é duas vezes maior que a superfície do Estado americano do Texas, seja quase impossível de ser localizada com radares ou tecnologia de satélite.

"Sopa plástica"

Ao sair em busca do redemoinho a equipe de cientistas e ambientalistas do Projeto Kasei desafia fatos como a localização imprecisa e a decisão do que fazer quando finalmente ficarem frente a frente com esta gigantesca coleção de lixo.
A expedição visa estudar a composição desta "sopa plástica" (outro apelido que recebeu a "ilha"), o nível tóxico de seus componentes, seu efeito sobre a vida marinha e seu papel na cadeia alimentar.
O líder do projeto, Doug Woodring, explicou à BBC que o mais difícil será coletar amostras sem capturar espécies marinhas.
"Teremos que utilizar tecnologias diferentes, dependendo do volume de resíduos por quilômetros quadrado. Também contamos com redes de tamanhos diferentes", afirmou.
"A ideia é, primeiro analisar do que se trata e, depois, discutir a melhor maneira de lidar com ela (a "ilha de lixo")", acrescentou Woodring, que acredita que uma alternativa seria "transformar o lixo em diesel combustível".
Apesar de a "ilha" ter sido descoberta há mais de uma década, ninguém até o momento tomou medidas para resolver o problema. Para Woodring, no entanto, este fato não é surpreendente.
"O problema principal é que (a "ilha de lixo") está em águas internacionais. Ninguém passa pelo local, não está nas principais rotas comerciais, não está sob nenhuma jurisdição e o público não sabe de sua existência", afirmou.
"Por isso, nenhum governo é pressionado, nenhuma instituição é pressionada a resolver este problema. É um pouco parecido com o que acontece com o lixo espacial", acrescentou.

Consequências:

Apesar de este gigantesco depósito de lixo estar a uma distância relativamente "cômoda", as consequências de sua existência afetam a todos.
Os peixes pequenos, por exemplo, confundem as partículas plásticas com alimentos. Muitos morrem depois de ingerir estes fragmentos, que também agem como esponjas, absorvendo substâncias tóxicas e metais pesados.
Mas, outros peixes sobrevivem e, quando são ingeridos por animais maiores, transformam o plástico em parte da cadeia alimentar.
Dois barcos participam da expedição, o Kaisei e o New Horizon, e eles voltarão à costa dentro de um mês. Quem quiser acompanhar as descobertas realizadas durante a expedição pode acessar a página do projeto na internet.



Fonte: BBC Brasil

Captação de recursos: fontes distintas exigem estratégias diferentes

Os cuidados vão desde um bom planejamento até uma proposta de trabalho bem elaborada.
Todas as organizações sem fins lucrativos já fazem de alguma maneira a captação de recursos. No entanto, é preciso adotar um perfil mais empreendedor para esta atividade. A captação de recursos vai muito além de simplesmente pedir dinheiro.  Por isso, nos últimos anos, o termo "captação de recursos" vem sendo substituído por "mobilização de recursos", cujo objetivo principal é otimizar os recursos existentes.
Os recursos podem ser  físicos (dinheiro, doações de produtos etc.) e humanos (trabalho voluntário), e, para captá-los ou mobilizá-los de forma eficaz, especialistas do Terceiro Setor (expressão utilizada para identificar as organizações sem fins lucrativos que atuam com finalidade pública de caráter social) recomendam que a execução dessas atividades envolva os seguintes aspectos:
- Análise
- Planejamento
- Pesquisa de fonte de recursos
- Estratégias de captação de recursos
Antes de iniciar qualquer programa mais intenso de captação de recursos, é preciso debater internamente com os líderes da organização qual será a política em relação a esse setor, como será a relação com os financiadores, como serão geridos os recursos e  que tipo de prestação de contas dos recursos doados deve ser feita.  A captação de recursos, além de financiar o trabalho desenvolvido,  promove a ONG. Por isso, a organização é a chave do sucessso de qualquer trabalho. É preciso manter um arquivo, sempre  atualizado,  com os dados dos doadores, o histórico de suas doações, as formas como a pessoa prefere colaborar etc., como também os dados financeiros da entidade devidamente comprovados.
Dessa maneira, fica mais fácil acompanhar os resultados de cada atividade promovida pela ONG e elaborar os demonstrativos financeiros da entidade.  Esse controle servirá também como ponto inicial para fazer um projeção de orçamento para os próximos anos.  Outro fator importante também é divulgar os resultados. Divulgar entre os colaboradores o quanto suas doações contribuíram para que objetivo fosse alcançado. As pessoas precisam de estímulo para contribuir, precisam que seu interesse seja despertado. È importante fazer com que os doadores se sintam como parte integrante e ativa do trabalho e o quanto o seu envolvimento faz a diferença no trabalho da organização.  A entidade pode adotar várias estrátegias para divulgar esses resultados entre os seus colaboradores,  como, por exemplo, informativos, boletins, cartas, eventos comunitários etc.
Em relação a captação de recursos, um outro aspecto que requer atenção é a valorização das doações recebidas. Sempre que uma pessoa fizer uma doação é de suma importância agradecer e valorizá-la de acordo com o tamanho e a natureza da doação.  Isso aumenta a chance de a pessoa voltar a contribuir com outras doações no futuro. O ideal é enviar uma carta de agradecimento dentro de 24 horas ou no máximo dentro de 72 horas.
Os responsáveis pela ONG também devem doar, nem que a quantia doada seja simbólica, mas os líderes devem servir como exemplo para os demais e, portanto, serem os primeiros a valorizar o trabalho da organização. Alguns líderes alegam que já doam seu tempo e que não seria justo ter que doar dinheiro também. No entanto, é preciso entender que tempo e dinheiro andam juntos.
Ação Social
Análise
Antes de partir diretamente para a captação de recursos, é importante efetuar uma análise da organização para saber se ela está ou não pronta para implementar suas atividades ou um determinado projeto.  Nesse processo de análise da organização todos, principalmente o responsável pela captação de recursos, devem saber claramente qual a missão da organização, qual seu público-alvo, como a ONG atua etc. É preciso ter em mente a resposta para a seguinte pergunta quando se iniciar o processo de captação: ?O que moveria uma pessoa a doar para a nossa ONG??
Planejamento
O planejamento é muito importante porque serve como um guia para os envolvidos no trabalho da entidade.  A elaboração de um calendário de atividades é essencial na distribuição de tarefas e também permite uma visão geral das principais ações que precisarão ser tomadas para a captação de recursos.
Em síntese,  um planejamento com proposta de trabalho deve conter:
- a lista das ações necessárias
- o tempo para cada uma das ações
- os responsáveis para cada ação
- os recursos necessários
Veja aqui algumas dicas de como fazer um bom planejamento com cronograma de atividades
É preciso também avaliar os resultados de cada ação.  Assim, será possível verificar os pontos fortes e fracos para serem melhorados num próximo trabalho.  Em relação a captação de recursos, esta análise facilita a tomada de decisão por parte dos responsávei pela ONG, pois estarão cercados de informações. Com as informações nas mãos, é possível saber onde investir menos ou mais dinheiro e o que pode ser cortado.
Uma boa captação de recursos deve buscar fontes diferentes, sem que nenhuma delas represente 60% ou mais das receitas.  A ONG não deve depender apenas de uma só fonte para não correr o risco de ter de interromper um projeto ou ter suas atividades prejudicadas pela falta de recursos. É importante ter previamente definido as estratégias que serão empregadas para substitui o doador quando ele deixar de apoiar.
Pesquisa de fonte de recursos
Em relação às fontes de recursos podem ser oriundas de:
- empresas
- fundações
- pessoas
- agências internacionais de financiamento
- instituições locais
- governo
- venda de serviços
- eventos
Pesquisa de Fonte de Recursos
Empresas
As empresas tem como objetivo principal gerar lucro para seus acionistas e portanto,  não cabe a eles o compromisso de divulgar as ações sociais de caráter público.  Por isso, ao solicitar algum tipo de ajuda as empresas, é preciso ser bem objetivo e transparente com as informações. O ideal seria que esse tipo de abordagem na captação de recursos perante empresas constasse na política de captação de recursos da ONG para que todos tenham a mesma informação.
Fundações
A grande maioria das fundações são criadas pelas próprias empresas para atender às demandas de solicitações que elas recebem todo o ano.
Pessoas
As pessoas precisam ser motivadas a doar.  Do ponto de vista do captador de recursos, essa motivação envolve dois pontos: o vínculo que a pessoa tem com a ONG e o interesse dela em ajudar.  O vínculo e o interesse ocorrem gradativamente na medida em que o doador vai conhecendo melhor o trabalho e obtendo experiências positivas.
Agências internacionais de financiamento
Existem muitas intituições do hemisfério norte, como por exemplo Canadá, França e EUA,  que apoiam financeiramente organizações filantrópicas em países como o Brasil. Para obter informações, procure pelos consulados ou pelas agências de cada governo no Brasil
Instituições locais
São consideradas instituições locais: as igrejas, os clubes, os grêmios estudantis, as associações comerciais, as associações de profissionais e outras semelhantes.
Na maioria das vezes, é mais fácil conseguir ajuda de instiuições locais devido a proximidade com o local de atuação da entidade.  Construir relacionamentos é vital para toda organização não-governamental, ainda mais quando a instituição local fica próximo da ONG. Vale ressaltar a importância de sempre reconhecer qualquer tipo de ajuda e apresentar os resultados, isso resulta em experiências positivas para quem doou..         
Governo
Ao solicitar algum tipo de ajuda governamental esteja preparado para infinidade de documentos que serão solicitados. Muitos desses documentos já fazem ou deveriam fazer parte da rotina de uma organização não-governamental.  Por isso, é extremamento importante que a ONG ao longo do exercício de suas atividades mantenha seus arquivos sempre atualizados e organizados. Dentre os documentos que são soliticitados (podem variar dependendo do tipo de parceria que a ONG procura) destacam-se:
- Demonstrações Financeiras auditadas (Balanço Patrimonial assinado por um contador devidamente credenciado)
- Documentações da ONG (Ata de fundação, estatuto social, CNPJ, CCM, Certidão negativo de Débito junto á dívida ativa da União, Atestado de Regularidade junto ao FGTS etc. )
- Relação dos membros da diretoria
- Atestado de antecedentes criminais dos membros que fazem parte da diretoria
- Orçamento do exercício atual
- Descritivo das proprostas dos programas/projetos
- Relação das famílias e/ou crianças beneficiadas pela ONG (por faixa etária)
Venda de produtos ou serviços
A geração de renda pode vir também com a venda de produtos que muitas vezes a própria ONG pode vir a desenvolver por meio de projetos voltados a, por exemplo, Oficinas de Arte. Muitos talentos podem ser descobertos na comunidade e revertidos em prol dela própria. Tratam-se de formas alternativas de produção, as quais não visam o lucro, ou melhor, o excedente é revertido integralmente para a entidade sem fins lucrativos.
Eventos
O planejamento de um evento é uma boa saída para promover o trabalho de uma ONG, captar recursos e  integrar as pessoas. É preciso que as pessoas que estão organizando o evento sejam motivadas, entusiasmadas e, principalmente, compromissadas para que o evento seja um sucesso. Todos devem ser envolvidos no evento, desde os líderes até os voluntários.
Esse planejamento deve ser feito com meses de antecedência, a fim de que haja tempo suficiente para preparar uma ampla divulgação, buscar doações, organizar a programação etc.
Estratégias de captação de recursos
As estratégias de captação de recursos devem ser aplicadas de acordo com o tipo de fonte, que podem ser institucionais, empresariais, ou individuais.
No caso de fontes institucionais, o encaminhamento, solicitando proposta de financiamento, deve ser feito de maneira formal e muito bem elaborada. Nessa proposta devem conter:
- Carta de apresentação
- Sumário
- Apresentação da ONG
- Descrição do problema
- Metas e objetivos do programa
- Metodologia/atividades
- Avaliação
- Financiamento
- Orçamento
- Anexos
Para doadores individuais, a abordagem para a captação de recursos pode ser feita da seguinte maneira:
- Eventos especiais
- campanhas de porta em porta
- estandes
- venda de produtos ou serviços
-  outros
Estratégias de captação de recursos
Fontes institucionais
A proposta de trabalho de uma ONG é o seu cartão de visita. Portanto, deve ser muito bem elaborada. Existem alguns tópicos que devem constar na proposta. São eles:
Carta de apresentação
Tem como objetivo apresentar formalmente ao financiador a proposta de trabalho (projeto) da organização.
Sumário
È um resumo da proposta de trabalho e, por isso, o ideal é que seja redigido após a conclusão e não ultrapasse uma página. Sua finalidade é fazer com que o avaliador compreenda, em poucas palavras, o sentido e o objetivo do projeto.
Apresentação
A organização deve descrever, de maneira clara e objetiva, a data e o motivo de sua criação, seu público-alvo, sua missão e suas metas, como ela  atua,  a realidade de sua comunidade, como é sua estrutura organizacional, com que recursos sobrevive, se possui sede própria, os dados de identificação (CNPJ, parcerias etc.)  etc. Isso possibilitará ter uma visão global da atuação da entidade.

Justificativa do projeto
Deve ser especificado a realidade da comunidade na qual a Ong está inserida e conseqüentemente o motivo que resultou na sua criação. Inserir dados populacionais e índices sociais da região baseados em fontes oficiais (IBGE, Prefeitura etc.) Especificar também se existem fatores que favorecem a realização do projeto ou até mesmo os que dificultam e que precisam de ajuda.

Objetivos e metas
O avaliador deve entender qual é a finalidade do projeto. Onde, quando e como a Ong pretende implementar o projeto. Neste item, devem constar também quais serão os beneficiários (público-alvo) e de que forma irá atender as expectativas da comunidade.

Público-alvo
É importante mencionar  o público-alvo que receberão os benefícios do projeto, se crianças, jovens, adolescentes ou idosos.  Especificiar a quantidade de beneficiários e se possuem carências específicas como por exemplo desnutrição, desemprego etc.

Metodologia de ação
Deve-se descrever as atividades, com os devidos prazos de implementação, que serão realizadas para alcançar os resultados esperados. É importante avaliar se os prazos estão compatíveis com o prazo do projeto.

Recursos
Relacionar quais são os recursos humanos, materiais e financeiros que serão necessários para viabilizar o projeto.

Avaliação
Especificar o que, como e por quem vai ser avaliado o processo e os resultados do projeto.

Anexos
Devem ser encaminhados quando solicitados. Em geral, são anexados os seguintes documentos nas propostas:
- Balanço financeiro dos últimos dois anos
- Documentação de identificação da instituição (CNPJ, estatuto, ata de fundação, relação de membros da diretoria, certidão negativa de débito etc)
- Estrutura organizacional da entidade
- Orçamento
- Descrição dos principais programas

Estratégias de captação de recursos
Doadores individuais
A captação de recursos junto a ?pessoas físicas? podem ser feitas de diversas maneiras. Entre elas, destacamos:
Eventos especiais
Eventos possibilitam promover o trabalho de uma ONG, captar recursos e  integrar as pessoas. Para manter os custos baixos e aumentar a receita líquida de um evento, muitos itens podem ser conseguidos por meio de doações ou até mesmo a preços baixos.  Neste caso, as instituições locais são a melhor fonte de recursos para eventos especiais, pois já conhecem de alguma maneira o trabalho executado pela ONG.
É importante que as pessoas responsáveis pela organização do evento estejam motivadas, entusiasmadas e, principalmente, compromissadas para que o evento seja um sucesso. Parte desse sucesso será garantido com uma bom planejamento que deve ser feito com meses de antecedência, a fim de que haja tempo suficiente para preparar uma ampla divulgação, buscar doações, organizar a programação etc.
Campanhas de porta em porta
Apesar de exigir um esforço maior por parte dos voluntários, as campanhas de porta em porta, em geral, apresentam um índice de resposta alto. O resultado pode ser ainda melhor quando a abordagem é feita por pessoas que são conhecidas no bairro.

Estandes
Existem instituições, uma delas o Centro de Voluntariado de São Paulo, que oferecem oportunidades das organizações cadastradas divulgarem seus trabalhos por meio de estandes localizados em pontos estratégicos como  por exemplo num shopping.  Esta pode ser uma excelente maneira de fazer contato com novas pessoas que poderão vir a ser voluntárias na organização.
Venda de produtos ou serviços
A geração de renda pode vir também com a venda de produtos que muitas vezes a própria ONG pode vir a desenvolver por meio de projetos voltados a, por exemplo, Oficinas de Arte. Muitos talentos podem ser descobertos na comunidade e revertidos em prol dela própria. Tratam-se de formas alternativas de produção, as quais não visam o lucro, ou melhor, o excedente é revertido integralmente para a entidade sem fins lucrativos.
Outros
Coletores
Alguns estabalecimentos permitem  que as organizações  sem fins lucrativos coloquem caixas de donativos em seus espaços.  A entrada de dinheiro pode ser pequena mas constante. È preciso planejar adequadamente para que este tipo de método funcione de maneira eficaz. Também é importante definir os responsáveis pela arrecadação em cada estabelecimento, a periodicidade com que será recolhida as doações etc.
Mala Direta / Telemarketing
Tanto a mala direta quanto o telemarketing envolve custos. É preciso analisar detalhadamente cada etapa deste tipo de abordagem. Algumas organizações utilizam a mala direta para solicitar a primeira doação. Somente quando a pessoa efetua uma segunda doação é que as organizações partem para uma abordagem mais específica, que pode ser feita pelo telefone.


Fonte: Guia-me

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Carreira em Sustentabilidade

Já falamos da necessidade da Responsabilidade Social Corporativa, de como pequenos atos cotidianos podem mudar nossa qualidade de vida, da implantação dos nossos projetos na melhoria das organizações e do desenvolvimento baseado em issues que a AIESEC nos proporciona. Mas, afinal, como criar uma carreira em sustentabilidade?


Por Daniela Diniz
em http://ricardodugo.blogspot.com/

A curitibana Ana Paula Gumy, de 35 anos, foi convidada pelo CEO (chief executive officer, o mesmo que presidente executivo) do HSBC a assumir a área de responsabilidade social do banco depois de ter deixado a organização nove meses antes para se dedicar a projetos sociais na Fundação O Boticário. No mesmo ano, 2004, o administrador de empresas mineiro Marcelo Torres, de 33 anos, também mudou de cargo. De coordenador de segmentos do ABN Amro Real ele passou a consultor de desenvolvimento sustentável.


A história dos dois executivos aponta uma forte tendência no mercado: as empresas estão cada vez mais focadas em sustentabilidade e, para isso, precisam de gente que goste e entenda desse palavrão. 'Os recursos naturais estão no limite e os problemas estão chegando. As empresas começam a se preocupar seriamente com a perenidade do planeta e de seus negócios', diz Maria Raquel Marques, coordenadora do núcleo de sustentabilidade e responsabilidade social da Fundação Dom Cabral, em Belo Horizonte. 'Isso aumenta a demanda por profissionais capazes de perceber relações de causa e efeito o tempo todo.'
Encontrar gente com esse perfil é um dos grandes desafios das empresas hoje. E uma excelente oportunidade de carreira para os poucos que já dominam o tema. Quando Marcelo Torres deixou a área de segmentos do ABN para integrar a equipe de desenvolvimento sustentável, gastava 20 minutos explicando qual era sua nova função no banco. 'Hoje existe uma visão mais clara do que fazemos, mas ainda é uma minoria que realmente entende do assunto. Em geral, as pessoas acham que fazemos parte de um departamento verde', conta. Na prática, é bem mais do que isso, como define Carlos Nomoto, superintendente de educação e desenvolvimento sustentável do ABN: sustentabilidade é um modelo de negócios que atende às necessidades da geração presente sem comprometer a geração futura. 'Não é filantropia. É questão de sobrevivência considerar os aspectos ambientais e sociais nos negócios', afirma. Este é o trabalho de quem entra para o jogo sustentável das empresas: identificar oportunidades de ganho para o negócio levando em conta os aspectos sociais e ambientais.

O primeiro desafio de Marcelo como consultor de desenvolvimento sustentável, por exemplo, foi criar uma linha de crédito para as populações de baixa renda de São Paulo e de Pernambuco. O objetivo era, ao mesmo tempo, melhorar a situação de cada comunicade (o que faz parte do conceito de sustentabilidade) e impulsionar negócios para o banco. 'Queremos oferecer novas oportunidades para aquele grupo de pessoas, sim, mas sem assistencialismo, pois os resultados da empresa estão em jogo', diz Marcelo. Em outras palavras, a comunidade ganha com o banco e o banco ganha com a comunidade. Esse conceito faz parte do vocabulário do ABN desde o final de 2001, quando foi criada a diretoria de responsabilidade social. De lá para cá, o banco vem formando os profissionais que atuam no setor. 'O ideal era ter pessoas que conhecessem o negócio bancário e também tivessem experiência em projetos de sustentabilidade. Ou seja, algo quase impossível', diz Carlos Nomoto. Eles decidiram, então, contratar pessoas que fossem do ramo bancário e tivessem, pelo menos, afinidade com o tema. Hoje, o ABN conta com quase 80 profissionais afinados com o assunto. São 15 ligados diretamente ao desenvolvimento sustentável, 20 em ação social e 30 em educação.


Profissional Multidisciplinar

Para quem se animou com a informação, é importante saber que não se exige uma formação acadêmica específica para lidar com negócios sustentáveis. É possível encontrar administradores, psicólogos, advogados, jornalistas e biólogos atuando num mesmo departamento. Ana Paula, do HSBC, trabalhou no banco durante 16 anos. Formada em administração de empresas, ela passou pela área de câmbio, por marketing internacional, gerência de desenvolvimento de negócios e corporate banking. Em 2002, teve a chance de desenvolver projetos sociais, criando uma escola para jovens de rua. E apaixonou-se pelo assunto. Em março de 2004, pediu demissão e apostou num emprego na Fundação O Boticário, ganhando 60% menos. Nove meses depois, porém, o HSBC fisgou-a de volta, para comandar sua área de responsabilidade social. 'Todos os nossos gerentes têm alinhamento com o mercado, mas pouca noção de responsabilidade social', diz Ana Paula. Vale lembrar que esse é um dos conceitos que fazem parte da sustentabilidade. 'Sustentabilidade é o fim e responsabilidade social é o como', diz Maria Raquel, professora da Fundação Dom Cabral.

Do ano passado para cá, o banco contratou mais seis pessoas para a área de Ana Paula. Hoje, são oito funcionários e 13 estagiários. A idéia é disseminar o conceito de sustentabilidade em todos os níveis, até que não seja mais necessário ter um departamento próprio. 'Esses profissionais precisam ter visão de negócios, uma forte formação humanística, boa conexão com a natureza, flexibilidade e criatividade para enxergar oportunidades dentro do conceito sustentável', diz Maria Raquel. Também é fundamental promover diálogos e alianças com as equipes, ser empreendedor e comunicativo. É o profissional que conhece um pouco de tudo, como diz Fernando Almeida, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). 'Ele não é um especialista por natureza. É alguém que se envolve com várias áreas', afirma. Segundo Maria Beatriz Henning, diretora da Fesa, especializada em seleção de executivos, há cinco anos esse profissional só era visto nas ONGs. 'Hoje, a tendência é trazer o conceito para dentro da organização. O mercado se profissionaliza e, conseqüentemente, busca gente especializada.'


Com a bola cheia

Para quem acha que isso não passa de mais um modismo, a resposta dos especialistas é clara. Apesar de ainda haver uma confusão de conceitos sobre responsabilidade corporativa, há um movimento crescente nas empresas em formar equipes especializadas. 'Não há outra saída', diz Fernando Almeida, do CEBDS. 'Sustentabilidade é sinônimo de sobrevivência. A empresa que operar de forma irresponsável será excluída pelo mercado.' Um exemplo recente é o da Caixa Econômica Federal (CEF). Ao quebrar ilegalmente o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que testemunhou contra o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci Filho, a CEF esbarrou em princípios éticos, arranhou sua imagem e já sente o baque em seus negócios.

Por temer situações como essa, as organizações buscam ganhar dinheiro fazendo a coisa correta. Algumas por convicção, outras por conveniência. 'Há empresas que sentem mais de perto os efeitos da natureza em seus negócios e se apressaram em aplicar a sustentabilidade', diz Luca Borroni-Biancastelli, coordenador-geral do programa corporativo do Ibmec São Paulo. 'É o caso da Petrobras, Vale do Rio Doce e Natura, que investem expressivamente nessa área.' Independentemente do motivo, o fato é que o profissional 'sustentável' valoriza cada vez mais seu passe nas organizações. 'Quem souber lidar com os valores associados à sustentabilidade terá um enorme diferencial na carreira, com mais chances de crescimento', diz Beatriz Pacheco, consultora de responsabilidade social e sustentabilidade, em São Paulo. É o caso da paulista Denise Gibran Nogueira, de 28 anos, especialista em microcrédito do Itaú, que foi 'caçada' pelo banco em novembro de 2004. Formada em administração de empresas, Denise sempre se interessou por responsabilidade social. Ao terminar a faculdade, foi para a Índia fazer um estágio de seis meses num banco cooperativo só para mulheres. Ao voltar, trabalhou como consultora no Sebrae. Foi para o Itaú ganhando cerca de 15% mais e ainda tem subsídio para educação: o banco paga uma parte significativa da sua pós-graduação em gestão de sustentabilidade, na Fundação Getulio Vargas.

Denise era o perfil certo para o banco, que, desde 1993, com a construção do Itaú Social, vem desenvolvendo o conceito de sustentabilidade. 'Nos últimos três anos, temos contratado e treinado muitos profissionais. E continuamos à caça de gente que possa contribuir nessa área', diz Antonio Matias, vice-presidente do Itaú. Ele explica que os bancos saíram na frente nesse conceito porque estão antenados com a agenda mundial. 'Somos um setor que sempre pensa a longo prazo', diz o VP. 'Levar em consideração a perenidade dos negócios era natural.'


Prepare-se!
Por ser difícil encontrar gente preparada para essas funções -- até porque ainda são escassos os cursos voltados para sustentabilidade no país -- as próprias organizações estão preocupadas em formar esse profissional. O ABN, por exemplo, incorporou os princípios de sustentabilidade aos treinamentos já existentes e ainda oferece três cursos sobre o tema.

Se sua empresa ainda não acordou para o assunto, a dica é ir atrás desse conhecimento. 'Procure informações e participe de projetos na área, mesmo que seja como voluntário', diz Denise, do Itaú. Ela, Ana Paula e Marcelo tornaram-se profissionais diferenciados porque souberam explicar o que era sustentabilidade e aplicar a teoria na prática. Por livre e espontânea vontade. 'Não tenho dúvida de que hoje sou um profissional melhor', diz Marcelo. 'O mundo exige essa visão multidisciplinar e o mercado está só começando a valorizar isso.'


Da teoria para a prática

Conheça as funções do profissional sustentável nas empresas:
· Envolver todas as partes relacionadas ao negócio - acionistas, fornecedores e clientes -, fazendo com que todos conheçam os princípios das sustentabilidade e sigam esse conceito.
· Identificar oportunidades de negócios avaliando os impactos socioambientais.
· Estar pronto para explicar, ensinar e dar consultoria sobre o tema para os funcionários da própria empresa, clientes e fornecedores.


Saiba como desenvolver um trabalho sustentável:

· O primeiro passo é entender o que é sustentabilidade. Para isso, existem sites, livros e agora alguns cursos voltados para o tema.
· Em seguida, tente colocar em prática os conceitos no dia-a-dia. Analise os impactos socioambientais do seu trabalho.
· Preste atenção em todos os departamentos envolvidos no seu trabalho. Conhecer toda a cadeia do negócio é fundamental para atuar na área de sustentabilidade.
· Procure conhecer pessoas que já praticam a sustentabilidade no dia-a-dia. Além de aumentar seu network, você adquire conhecimento.

A partir daí, você está pronto para dar sugestões na sua empresa e fazer valer o seu diferencial!